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Curiosidades

EUA vão checar suas redes sociais antes de liberar visto: entenda o risco

Uma nova exigência do governo dos Estados Unidos acendeu o alerta para quem deseja estudar, trabalhar ou até mesmo visitar o país. Desde junho, solicitantes de vistos inclusive de turismo passaram a ter suas redes sociais analisadas como parte do processo de liberação consular. A medida amplia o controle sobre o comportamento digital de estrangeiros e levanta um debate urgente: até onde vai o direito à privacidade?

Em entrevista ao Podcast Canaltech, a advogada de imigração Renata Castro, fundadora da USA4ALL e licenciada para atuar na Flórida, explicou o que muda na prática. “O governo não detalhou como será feita essa análise, mas já sabemos que ela acontece antes mesmo da entrevista de visto. Em alguns casos, a pessoa é surpreendida com perguntas sobre publicações antigas ou situações pessoais que foram compartilhadas online”, alerta.


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WhatsApp também conta como rede social

Segundo Renata, a checagem vai muito além de Facebook ou Instagram. Plataformas como TikTok e até WhatsApp também entram no radar. “Muita gente não sabe, mas o WhatsApp é considerado rede social e pode ser analisado, especialmente se houver acesso ao aparelho ou histórico do número registrado”, diz.

A advogada alerta que conteúdos como memes, piadas e até declarações de intenção como “vou morar com meu namorado gringo”, podem ser mal interpretados. Isso porque a imigração analisa a intenção real do solicitante, e qualquer indício de que a pessoa pretende permanecer ilegalmente no país pode pesar contra o visto.

Todos os vistos estão sujeitos à regra

A medida vale para todos os tipos de visto: turismo, estudo, trabalho e até green card, que é um visto de residência permanente. E o processo é subjetivo. “Tudo depende da interpretação do agente consular, que tem poder discricionário. Ele pode negar seu visto em dois minutos com base em uma publicação, e essa decisão, na maioria das vezes, nem pode ser contestada”, explica.

Além disso, há o risco de viés ideológico, racial ou político nas análises. “Sim, decisões discriminatórias podem acontecer”, afirma Renata.

Perfil privado não protege ninguém

Engana-se quem acha que tornar o perfil privado resolve o problema. “Para o governo dos EUA, não existe perfil privado. Mesmo conteúdo apagado pode ser acessado ou rastreado”, diz a especialista. A recomendação é apagar publicações sensíveis e evitar interações suspeitas em grupos, mesmo sob anonimato.

Renata acredita que ferramentas de Inteligência Artificial podem estar sendo usadas para fazer uma triagem automatizada dos dados, mas reforça que a decisão final é sempre humana e muito rápida: “Agentes têm meta de até 120 entrevistas por manhã. Tudo acontece em minutos.”

Impactos econômicos e o que pode mudar

Embora a medida já esteja em vigor e não exija regulamentação adicional, Renata acredita que haverá pressão para revisão. “Já vimos isso no primeiro mandato de Trump. Universidades menores, que dependem de alunos estrangeiros, fecharam. Essa política pode afetar negativamente a própria economia americana.”

Dica de ouro

Para quem está no processo de visto, a advogada deixa um conselho direto: “Evite expor seus planos nas redes sociais. Procure orientação com profissionais licenciados. O que está na internet é público e pode ser usado contra você.”

Saiba mais: 

Leia a matéria no Canaltech.

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augustopjulio

Sou Augusto de Paula Júlio, idealizador do Tenis Portal e do Curiosidades Online, tenista nas horas vagas, escritor amador e empreendedor digital. Mais informações em: https://www.augustojulio.com.