Estudo sugere que dose única da psilocibina pode aliviar a depressão por anos

No último dia 18, durante a conferência Psychedelic Science 2025, nos EUA, um estudo chamou atenção ao apontar que uma única dose de psilocibina (substância presente em alguns cogumelos, conhecida por seus efeitos alucinógenos) pode aliviar os sintomas da depressão por pelo menos cinco anos. A pesquisa acompanhou pacientes com transtorno depressivo maior e revelou efeitos terapêuticos prolongados após uma única sessão, aliada à psicoterapia.

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A psilocibina vem sendo investigada como alternativa aos antidepressivos tradicionais, que geralmente exigem uso contínuo e apresentam resposta lenta. O novo estudo dá sequência a um ensaio clínico inicial com 24 pessoas, onde metade recebeu a substância no início do tratamento e a outra metade oito semanas depois.

Todos os participantes passaram também por 11 horas de psicoterapia. Ainda nas primeiras semanas, o grupo que recebeu a psilocibina apresentou redução significativa nos sintomas depressivos.

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Psilocibina contra a depressão

Cinco anos depois, 21 dos pacientes foram avaliados novamente por médicos e por meio de questionários sobre saúde mental, ansiedade e funcionalidade no dia a dia. Os resultados indicam que cerca de 67% dos participantes permaneceram em remissão da depressão, além de relatarem melhorias contínuas no bem-estar emocional e nos relacionamentos interpessoais. Muitos destacaram que a experiência psicodélica desencadeou um processo duradouro de autorreflexão e transformação pessoal.

Os autores consideram que a psilocibina pode agir como um catalisador para mudanças internas profundas, que se estendem muito além do alívio imediato dos sintomas de depressão. No entanto, reconhecem limitações, como o número reduzido de participantes e a dificuldade de controlar outras variáveis terapêuticas ao longo dos anos.

Apesar disso, a pesquisa fortalece a hipótese de que a psilocibina, combinada com apoio psicoterapêutico, tem potencial para revolucionar o tratamento da depressão. Estudos com amostras maiores e múltiplos centros ainda são necessários, mas os dados atuais oferecem esperança para abordagens mais duradouras e integrativas no cuidado da saúde mental.

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