Especialista explica como é possível identificar se alguém é narcisista apenas observando sua aparência
Durante séculos, estudiosos tentam entender os sinais sutis que revelam a personalidade humana. Para o renomado escritor e estrategista Robert Greene, alguns desses sinais podem estar bem diante dos olhos — literalmente. Ele afirma que, com atenção e pensamento crítico, é possível identificar comportamentos narcisistas apenas observando expressões faciais.
Embora o termo “narcisista” seja usado de forma ampla no dia a dia, trata-se de uma condição real e reconhecida. Pessoas com transtorno de personalidade narcisista têm um senso exagerado de importância, necessitam constantemente de admiração e apresentam dificuldade em sentir empatia.
O olhar que entrega mais do que palavras
Em uma conversa no Jack Neel Podcast, Greene falou abertamente sobre o tema e também sobre suas próprias características pessoais. “Eu sempre fui uma mistura de coisas — então, me interesso muito pelo que as pessoas sentem, mas ao mesmo tempo quero atenção, quero mais amor”, contou. “Tenho uma qualidade autocentrada. E é apenas ao reconhecer isso que consigo transformar em algo que não seja tão autodestrutivo, e posso lidar com isso de forma mais racional.”
O autor de obras como The 48 Laws of Power, The Art of Seduction, The 33 Strategies of War, Mastery e The Laws of Human Nature afirmou já ter convivido com muitas pessoas narcisistas. Por isso, diz que consegue identificá-las com facilidade. “Percebi ao longo dos anos que há uma espécie de característica facial nos narcisistas… é difícil colocar em palavras porque, para mim, é mais uma sensação”, explicou. “Mas os olhos são um sinal revelador.”
Segundo Greene, os olhos de alguém com esse perfil costumam transmitir uma desconexão. Ele descreve que essas pessoas geralmente parecem estar prestando atenção e demonstram interesse, mas esse interesse não é genuíno. “Eles estão tentando fazer você gostar deles para poderem usar isso a seu favor. Estão ouvindo, mas não há conexão real. As engrenagens estão girando dentro da cabeça, calculando o que podem fazer com as informações que você está passando. Falta calor ou real interesse no olhar.”
O sorriso que não acompanha o ambiente
Além dos olhos, Greene acredita que o sorriso também pode indicar traços narcisistas. Segundo ele, há algo de “ligeiramente demoníaco” na forma como algumas dessas pessoas riem ou sorriem. “Muitas vezes, quando você sorri ou ri, isso é uma reação social. Você ouve uma piada, alguém fala algo divertido, e a resposta vem de forma natural. Existe uma comunhão naquele momento”, explicou.
No caso dos narcisistas, esse processo ocorre de maneira diferente. “Eles estão presos dentro de si mesmos”, afirmou. “Há uma qualidade estranha quando eles riem ou sorriem. Se eu vejo isso, reconheço na hora.”
Greene reforça que não é necessário um treinamento formal em linguagem corporal para perceber esses sinais. Pequenos detalhes no olhar e na forma de sorrir já dizem muito sobre o que alguém sente ou deixa de sentir.
Reconhecer para compreender
Ao longo da entrevista, Greene também ressaltou que identificar essas características não significa condenar uma pessoa, mas entender melhor comportamentos e dinâmicas sociais. Ele mesmo relatou que possui traços autocentrados, mas aprendeu a lidar com eles com consciência e autocontrole. “Somos todos indivíduos falhos, e se você quer se tornar uma pessoa melhor, precisa admitir que tem falhas, olhar para elas e trabalhar nelas”, afirmou.
Seu olhar analítico sobre o comportamento humano o tornou referência mundial em temas como inteligência social e estratégias de poder. A capacidade de interpretar expressões faciais e comportamentos sutis é, segundo ele, uma ferramenta poderosa para compreender a natureza humana em diferentes contextos sociais e profissionais.
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