Enjoo ao andar em carros elétricos tem explicação? Ciência diz que sim
Você já ouviu alguém dizer que sentiu enjoo maior que o comum quando estava andando no banco do passageiro de um carro elétrico? Se sim, o mal estar pode ter relação com a falta de experiência dos nossos corpos em veículos do tipo. É o que sugere um novo estudo liderado por William Emond, da Université de Technologie, na França.
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Embora os carros elétricos estejam cada vez mais comuns, nosso corpo está acostumado há décadas com os veículos que têm motores a combustão. Portanto, o cérebro humano passou mais tempo adaptado às características destes carros, como o som do motor, que indica que a velocidade do veículo vai mudar; nos carros elétricos, não há ruídos do tipo.
A ausência de sinais sonoros e físicos causa uma espécie de rompimento com as referências cognitivas, ou seja, nosso cérebro é pego de surpresa por esses estímulos e não consegue estimar corretamente as forças envolvidas no deslocamento.
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Ainda, os carros elétricos têm uma tecnologia de freios em que o motor converte a energia cinética do carro em eletricidade, que depois é armazenada na bateria. Por isso, o veículo desacelera de forma gradual e estável por um período maior, o que também parece ter relação com a maior sensação de enjoo. “Viajar em um carro elétrico pela primeira vez é um novo ambiente de movimento para o cérebro, que precisa de adaptação”, explicou o autor.

Novos estudos prometem melhorar enjoo
De acordo com William Emond, a incompatibilidade neural é a chave para explicar o enjoo em carros elétricos, mas o assunto seguirá como escopo de estudo e deve avançar.
“Um melhor conhecimento sobre o movimento próprio nos permite prever as forças de movimento, o que é crucial para o enjoo. No entanto, quando as forças de movimento estimadas ou antecipadas pelo cérebro diferem do que é realmente experimentado, o cérebro interpreta essa ‘incompatibilidade neural’ como uma situação de conflito“, disse Emond. Se o conflito continuar, pode causar respostas no corpo que são manifestadas como sintomas — e é aí que surge o enjoo.
As frotas de carros elétricos tendem a se expandir e, sabendo disso, os pesquisadores vêm procurando soluções para lidar com esse tipo específico de náusea. Alguns estudos indicam que o enjoo pode ser reduzido com a ajuda de sinais visuais, como telas interativas e luzes específicas, ou vibrações no veículo que permitam que o cérebro do passageiro antecipe estas mudanças de velocidade.
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