Enfermeira e médico são demitidos após recusarem atendimento a uma mulher em trabalho de parto oito minutos antes de ela dar à luz à beira da estrada
O atendimento que Mercedes Wells recebeu em um hospital de Indiana, EUA, terminou em um episódio completamente inesperado. O que começou como uma ida comum à maternidade se transformou em um parto feito dentro de um veículo parado na beira da estrada, apenas alguns minutos depois de ela ser orientada a voltar para casa.
Mercedes chegou ao Franciscan Health Crown Point acompanhada do marido, Leon, no dia 16 de novembro. As contrações já faziam parte da rotina dela naquele momento, mas a expectativa era de que, no hospital, tivesse algum alívio e uma avaliação adequada. Durante as seis horas em que permaneceu no local, porém, a situação foi marcada por espera, dor e ausência de atendimento médico direto. Em nenhum momento ela foi examinada por um médico.
A avaliação ficou restrita a uma enfermeira. Mesmo com contrações regulares, em intervalos de cerca de 15 minutos, a profissional concluiu que ela estava com dilatação de apenas 3 cm e deveria retornar para casa. Segundo Mercedes, a enfermeira teria repetido que “se não houver mais avanço na dilatação, é preciso ir embora”, reforçando que essa era a determinação médica — mesmo sem qualquer médico ter visto a paciente.
Mercedes Wells foi orientada a deixar o hospital enquanto suas contrações estavam a 15 minutos de intervalo (Facebook/Leon Wells)
Sem alternativa, o casal deixou o hospital. O trajeto de volta durou muito pouco. Apenas oito minutos depois de saírem do estacionamento, Leon percebeu que algo estava acontecendo rápido demais. No banco do carro, a cabeça do bebê começou a aparecer. Ele contou que o susto foi imediato:
“Eu realmente vi a cabeça do bebê. Estava ali. Pensei: meu Deus. Encostei o carro na hora.”
Sem qualquer experiência, Leon tentou manter a calma. Descreveu que apenas acompanhou a força de Mercedes, segurou o bebê quando o corpo deslizou e, sem saber exatamente o que fazer, recorreu à única coisa que lhe restava na situação: “Eu só rezei”, disse ele.
A filha do casal nasceu ali mesmo, à margem da estrada, dentro do veículo. Apesar do cenário incomum e tenso, a menina veio ao mundo saudável. Depois do parto improvisado, mãe e filha receberam atendimento adequado.
O caso ganhou repercussão nacional depois que um vídeo mostrando o momento em que Mercedes é levada para fora do hospital viralizou nas redes sociais. Nas imagens, ela aparece em evidente sofrimento, tentando controlar a respiração enquanto é empurrada em uma cadeira de rodas para deixar a unidade.
O bebê nasceu à beira da estrada (Facebook/Leon Wells)
A direção do Franciscan Health Crown Point decidiu agir rapidamente após a repercussão. O CEO Raymond Grady classificou o vídeo como “difícil de assistir” e reconheceu que a equipe falhou ao ignorar as queixas da paciente. Em comunicado, ele afirmou que Mercedes, já experiente em gestação e que havia tido partos anteriores no próprio hospital, percebia que algo não estava certo. Também informou que o médico e a enfermeira envolvidos no atendimento não fazem mais parte da equipe.
A situação reforçou um debate sensível sobre o tratamento de mulheres negras durante a gestação e o parto. Mercedes relatou ter se sentido desumanizada, dizendo que foi tratada “como um cachorro, ou pior do que isso”. Em entrevista, comentou que esperava uma mudança real no cuidado com mulheres negras, mas que o que viveu demonstrou o contrário.
Leon também relatou o impacto emocional do momento. Para ele, ver a esposa sofrer dentro do carro enquanto tentava dar à luz sem apoio profissional foi um dos momentos mais difíceis de sua vida.
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