É verdade que dá para consertar avião com fita adesiva?
Sim. As companhias aéreas usam a speed tape, uma fita especial criada nos anos 1950 e que é feita de alumínio flexível e adesivo acrílico de alta performance. Ela resiste a temperaturas extremas (de 40 °C a -55 °C), ventos superiores a 1.000 km/h (velocidade compatível com a dos aviões comerciais), granizo e radiação solar.
“Essa fita é utilizada para reparos de curta duração, como um voo de São Paulo a Porto Alegre”, explica Edmilson da Silva Cavalcante, engenheiro de desenvolvimento de aplicação para o mercado aeronáutico na 3M. Serve para pequenos trincados em peças de plástico ou falhas de vedação, por exemplo. E apenas como solução provisória: mantém a aeronave em operação até que o reparo definitivo seja feito, geralmente durante manutenções noturnas.
O uso é aprovado pelos fabricantes de aeronaves, como Boeing, Airbus e Embraer. E pode ficar tranquilo: não há registro de incidentes causados pelo uso da speed tape. Ela é considerada uma ferramenta confiável para evitar atrasos e manter voos em segurança.
Apesar da fama de “gambiarra aérea”, a fita é tão confiável que chega a ser usada em voos de homologação – aqueles realizados para certificar novos modelos. Nesses testes, câmeras e sensores são presos do lado de fora para medir consumo e desempenho, e permanecem fixados com speed tape durante vários dias de voo.
Só não conte com a speed tape para consertar algo em casa: um rolo dessa fita pode custar até R$ 3.500.
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