Dentista expõe o lado obscuro de quem faz o procedimento conhecido como “dentes turcos”
Nos últimos anos, o turismo odontológico ganhou força entre pessoas que sonham com o chamado “sorriso perfeito”. A busca por dentes alinhados e extremamente brancos tem levado milhares de pacientes a viajar para fora de seus países, especialmente para a Turquia, onde clínicas oferecem pacotes completos a preços bem abaixo dos praticados em outros países.
Esse fenômeno ficou conhecido como “Turkey teeth”, expressão que se refere aos tratamentos realizados em clínicas turcas que prometem transformar o sorriso em questão de dias. Em cidades como Antalya, por exemplo, é possível encontrar facetas de resina composta a partir do equivalente a R$ 10.000. Para quem opta por uma transformação completa, algumas empresas chegam a oferecer pacotes entre R$ 20.000 e R$ 40.000, incluindo hospedagem e transporte.
A comparação com os custos de outros países ajuda a entender o interesse crescente. No país, cada faceta pode custar entre R$ 2.700 e R$ 9.400 por dente, dependendo da clínica e do material escolhido. Para quem sonha com um sorriso de celebridade, o cálculo mostra uma diferença considerável no preço final.
Apesar disso, profissionais da odontologia vêm alertando sobre os riscos escondidos por trás dessa tendência. Para aplicar facetas ou coroas, os dentistas precisam desgastar parte significativa do dente natural. Esse processo deixa a estrutura em formato pontiagudo, apelidado de “dentes de tubarão”, sobre o qual as próteses são fixadas. O grande problema é que esse desgaste não é reversível.
Um dentista londrino, ao comentar um vídeo que mostrava um paciente com os dentes já desgastados, afirmou:
“Esses pacientes dificilmente vão conseguir manter os dentes pela vida toda, porque eles estão sendo preparados de forma muito agressiva. Por favor, não façam isso.”
O especialista ressaltou que sua crítica não era direcionada à odontologia praticada na Turquia ou em outros países, mas ao impacto do procedimento em si. Segundo ele, muitas pessoas pensam apenas no benefício financeiro imediato, mas esquecem do custo biológico.
“Você pode até economizar no curto prazo, mas o preço real vem depois. Não tenho dúvidas de que, em alguns anos, muitos vão se arrepender, porque os dentes são extremamente desgastados”, explicou.
Outro ponto levantado é a durabilidade das facetas. Ao contrário do que muitos acreditam, elas não são definitivas. Dependendo do material, podem durar de 5 a 20 anos, exigindo substituições ao longo da vida. Isso significa que o paciente terá que passar por novos procedimentos regularmente, o que aumenta os riscos e custos no longo prazo.
De acordo com dados levantados pela BBC News, cresce o número de pacientes que retornam de clínicas estrangeiras com complicações como infecções e até casos de sepse. Além disso, muitos dentistas se recusam a tratar problemas resultantes de procedimentos feitos fora do país. Isso obriga os pacientes a voltarem à clínica original, o que pode gerar novos gastos e transtornos.
Para alguns especialistas, a questão estética acabou se sobrepondo à saúde bucal. O formato dos dentes, o tamanho e a cor extremamente branca são escolhas pessoais, mas o impacto sobre a estrutura natural é profundo. Como destacou o dentista londrino:
“Não é apenas sobre aparência. Você pode ter dentes grandes e quadrados se quiser, mas o que realmente importa é o que está acontecendo por baixo das facetas. Todo tratamento tem prazo de validade, e complicações podem surgir em diferentes níveis. Na minha opinião, não é uma decisão sábia.”
O debate sobre os “Turkey teeth” mostra que, apesar da atratividade dos preços e da promessa de resultados rápidos, os procedimentos estéticos feitos fora do país ainda levantam muitas dúvidas entre especialistas e pacientes. Enquanto isso, clínicas continuam recebendo interessados em transformar completamente o sorriso em poucas sessões.
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