Cruzeiro do Sul | Saiba a origem do nome da constelação que é referência no céu
A constelação Cruzeiro do Sul se destaca tanto por sua importância científica quanto por seu valor simbólico. Saiba de onde vem o nome, quais são suas estrelas principais, como identificá-la no céu e por que ela é tão relevante para a história e a identidade de diversos países.
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A origem do nome Cruzeiro do Sul
O nome Cruzeiro do Sul tem origem na aparência visual da constelação: suas estrelas mais brilhantes formam o desenho de uma cruz, que aponta aproximadamente para o Polo Sul Celeste. Em latim, a constelação é chamada de Crux, nome reconhecido pela União Astronômica Internacional.
Embora tenha sido descrita por exploradores europeus apenas no século XVI, povos indígenas da Austrália, da Nova Zelândia e da América do Sul já identificavam e atribuíam significados à constelação há milhares de anos. Para os maoris, por exemplo, ela era uma âncora no céu. Já os incas relacionavam a constelação com símbolos religiosos e de orientação.
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Quais estrelas formam o Cruzeiro do Sul?
A constelação do Cruzeiro do Sul é composta por cinco estrelas principais, embora o asterismo da cruz seja tradicionalmente representado por quatro. São elas:
- Acrux (Alpha Crucis) – Localizada na base da cruz, é a mais brilhante da constelação e aponta para o sul geográfico.
- Gacrux (Gamma Crucis) – A estrela no topo da cruz. Uma gigante vermelha e relativamente próxima da Terra.
- Mimosa (Beta Crucis) – No braço lateral da cruz, uma gigante azul muito brilhante.
- Imai (Delta Crucis) – Completa o braço oposto da cruz e é menos brilhante que as demais, sendo uma subgigante azul.
- Ginan (Epsilon Crucis) – Aparece entre a base e o centro da cruz, sendo a quinta estrela mais brilhante da Crux.
Essas estrelas são relativamente próximas quando comparadas com outras da Via Láctea e, mesmo a olho nu, podem ser vistas com bastante nitidez.
Como identificar Cruzeiro do Sul no céu
A constelação Cruzeiro do Sul pode ser observada com facilidade a olho nu no Hemisfério Sul, durante o ano inteiro, especialmente em regiões com latitudes acima de 35° sul. Nos meses de outono e inverno, ele costuma estar mais visível no início da noite.
Para localizar a constelação no céu, o ideal é encontrar duas estrelas muito brilhantes próximas: Alpha Centauri e Beta Centauri, conhecidas como “estrelas guia”. Elas apontam diretamente para o Cruzeiro do Sul, ajudando a distinguir de outras formações semelhantes.
O braço mais longo do Cruzeiro indica a direção do Polo Sul Celeste, sendo um recurso natural importante para orientação, especialmente antes da invenção da bússola e do GPS.
Fenômenos próximos ao Cruzeiro do Sul

Além das estrelas principais, o Cruzeiro do Sul está cercado por objetos celestes, como a IRAS 12116-6001, detectada pelo WISE, da NASA. É uma nuvem de poeira interestelar não pode ser vista diretamente na luz visível.
Outro destque fica para a Nebulosa do Saco de Carvão, uma nuvem escura visível a olho nu em noites limpas, que aparece como uma mancha ao lado da cruz. Ela absorve a luz das estrelas ao redor, criando um contraste notável. Também temos o aglomerado estelar NGC 4755, chamado de Caixa de Joias, composto por cerca de 100 estrelas, e pode ser visto com binóculos ou pequenos telescópios.
Por que Cruzeiro do Sul aparece na bandeira do Brasil?
A constelação Cruzeiro do Sul aparece na bandeira nacional, representando cinco estados (Bahia, São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro). No Hino Nacional Brasileiro, ainda é citada na estrofe: “Se em teu formoso céu, risonho e límpido, a imagem do Cruzeiro resplandece”.
Outros países que também estampam o Cruzeiro do Sul em suas bandeiras incluem Austrália, Nova Zelândia, Papua-Nova Guiné e Samoa. Curiosamente, a bandeira do Brasil mostra o Cruzeiro invertido, como seria visto do espaço, enquanto os demais países o representam da perspectiva de quem o observa do solo.
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