Cortes levam pesquisadores a criar programa de adoção de animais de laboratório
Diante de cortes drásticos na Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA), pesquisadores decidiram lançar um programa de adoção de animais de laboratório. A ação foi criada como resposta às mudanças promovidas pelo governo Trump, que pretende reduzir drasticamente o quadro de cientistas e restringir as atividades de pesquisa da agência. A proposta, conduzida pela ONG Public Employees for Environmental Responsibility (Peer), é convidar o público a adotar ratos e peixes utilizados em experimentos toxicológicos.
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O corte de recursos atinge especialmente o Escritório de Pesquisa e Desenvolvimento da EPA, que será substituído por uma estrutura reduzida, voltada apenas para funções obrigatórias por lei. O maior medo dos especialistas envolvidos é que isso possa comprometer pesquisas fundamentais para entender os efeitos de poluentes e substâncias químicas no meio ambiente e na saúde humana.
Segundo Kyla Bennett, diretora de políticas científicas da Peer e ex-advogada da EPA, a decisão representa uma “auto-lobotomia científica”. Ela destaca que, ao abandonar pesquisas de longo prazo, a agência perde a capacidade de avaliar riscos complexos como os causados por partículas finas e compostos como os produtos químicos eternos (Pfas).
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Programa de adoção de animais de laboratório
O material do programa de adoção de animais de laboratório inclui a frase: “Adote amor. Salve uma vida. Nosso programa de adoção foi aprovado. Você gostaria de adotar?”.

O programa de adoção de animais de laboratório foi estruturado para oferecer uma alternativa ética após o encerramento das pesquisas. Eles são entregues apenas após passarem por avaliações de saúde e triagem comportamental, para garantir que possam viver com segurança fora do ambiente de laboratório.
A EPA também fornece orientações básicas às pessoas que querem adotar sobre cuidados adequados, especialmente no caso dos peixes-zebra, que exigem ambientes aquáticos controlados. Embora o alcance inicial seja limitado ao laboratório da Carolina do Norte, a proposta tem gerado interesse entre funcionários, defensores dos direitos dos animais e até mesmo cientistas aposentados, que veem na iniciativa uma forma de dar um final mais digno a esses seres vivos que contribuíram para avanços na ciência ambiental.
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