Consultor científico revela qual é a maior imprecisão de filmes de Jurassic Park
Nesta quinta-feira (3), estreia nos cinemas brasileiros o aguardado Jurassic World Rebirth, novo capítulo da icônica franquia Jurassic Park. Mais de 30 anos após o primeiro filme, a saga continua levando dinossauros às telonas com grande sucesso. Nos bastidores, a produção conta com o apoio da ciência para dar mais realismo às criaturas, e segundo o consultor científico Steve Brusatte, há uma grande imprecisão nos filmes antigos que merece destaque: a ausência de penas nos dinossauros.
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Steve Brusatte é paleontólogo da Universidade de Edimburgo e atua como consultor da nova fase da franquia. Em entrevista ao Live Science, ele diz que a falta de penas nos dinossauros é o maior equívoco dos primeiros filmes. Em 1993, quando Jurassic Park estreou, ainda não havia evidências concretas sobre isso. Mas logo depois, tudo mudou.
Três anos após o lançamento, um fazendeiro na China encontrou um fóssil com penas fossilizadas ao redor dos ossos. Foi o primeiro de muitos achados que mostraram que vários dinossauros eram cobertos por penugem.
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Um dos exemplos mais famosos é o Velociraptor. Ao contrário do que aparece nos filmes, ele era menor, tinha penas e até asas. Brusatte afirma que, se essas descobertas tivessem acontecido antes, talvez Spielberg tivesse dado penas aos dinossauros em Jurassic Park.
Como é ser o cientista por trás dos dinossauros
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Brusatte explica que sua função como consultor é orientar o time criativo. Ele participa principalmente do início do processo, durante a criação do roteiro e o design dos dinossauros:
Não aprovo nem veto nada. Apenas dou minha opinião como cientista. Meu papel é garantir que a ciência esteja sempre presente no processo criativo.
Apesar de os filmes não serem documentários, ele valoriza o fato de a franquia sempre contar com especialistas. Em sua opinião, a busca por um consultor mostra um respeito pela paleontologia.

O equilíbrio entre ficção e realidade
Para o paleontólogo, o mais importante é encontrar o equilíbrio entre precisão científica e entretenimento. Ele compara com filmes biográficos que exageram certos traços de personagens reais para torná-los mais impactantes. O mesmo vale para os dinossauros:
Há muito que não sabemos sobre como eles realmente se comportavam ou se pareciam. Por isso, um pouco de licença artística é aceitável.
Dinossauros mais reais do que nunca
Segundo Brusatte, a ciência evoluiu drasticamente desde o lançamento do primeiro Jurassic Park. Já foram descobertas mais de mil novas espécies de dinossauros desde 1993, além de avanços tecnológicos como tomografias e análises moleculares que revelaram detalhes sobre como eles cresciam, se locomoviam, caçavam e até socializavam.
Mesmo com todo esse progresso, os dinossauros do primeiro filme ainda parecem convincentes em postura e comportamento. Eles envelheceram bem, o que é notável.
O consultor científico também destaca que a paleontologia moderna é muito mais interdisciplinar do que no passado. Hoje, os cientistas combinam geologia, biologia, física e até inteligência artificial para reconstruir a aparência e os hábitos dessas criaturas extintas. Para Brusatte, incluir esses conhecimentos nos filmes do Jurassic Park ajuda o público a se conectar com a história da Terra de forma emocionante e educativa.
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