Como era usar um celular com teclado QWERTY e porque as pessoas adoravam?
Antes da era do touchscreen dominar o mercado mobile, houve um tempo em que os celulares com teclado QWERTY eram considerados o auge da produtividade e do estilo. Dispositivos como os da linha BlackBerry, Nokia E-series e até modelos da Motorola e Samsung marcaram época nos anos 2000 com seus teclados físicos completos.
Para muitos usuários da época, esses celulares ofereciam uma experiência de digitação superior, prática e tátil – mas o que tornava esses aparelhos tão amados? Relembre com o Canaltech:
Teclado de computador no celular
Para começar, o teclado QWERTY físico (chamado assim por seguir o mesmo layout dos teclados de computador) proporcionava uma digitação rápida e precisa, especialmente em comparação aos teclados numéricos tradicionais, onde era necessário pressionar uma tecla várias vezes para digitar uma única letra.
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No QWERTY, cada caractere tinha sua própria tecla, facilitando todo o processo de escrever e-mails, SMS e a navegação na internet – que apesar de mais escassa, já acontecia. Para profissionais que precisavam responder mensagens o tempo todo, essa praticidade era indispensável.

Além da eficiência na digitação, havia o fator tátil. Diferente das telas sensíveis ao toque, que ainda estavam em desenvolvimento e tinham respostas lentas ou imprecisas nos anos 2000, os teclados físicos ofereciam cliques reais a cada toque.
Isso dava ao usuário a certeza de que cada letra tinha sido pressionada, o que reduzia erros de digitação e tornava o uso possível mesmo sem olhar para a tela. Era como carregar um mini notebook no bolso, mas sem o peso ou a complexidade de um computador.
Sinônimo de profissionalismo
Outro motivo que fez os celulares com teclado QWERTY caírem no gosto popular foi o status. Modelos como o BlackBerry Bold e o Nokia E71 eram associados a uma imagem de profissionalismo.
Ter um desses celulares era sinônimo de estar sempre conectado, de “fazer negócios” e de manter-se atualizado.
Era o símbolo de um novo tipo de mobilidade digital, antes mesmo da popularização dos apps e das redes sociais. Inclusive, a BlackBerry Messenger (BBM) chegou a ser mais popular do que o WhatsApp em seus primórdios, justamente pela integração com esses teclados.
Claro que não era tudo perfeito. O tamanho compacto dos aparelhos impunha teclas pequenas, o que dificultava o uso para quem tinha dedos maiores. Como a tela dividia espaço com o teclado, os displays eram menores, limitando a experiência para fotos, vídeos ou navegação mais visual.

Ainda assim, naquela época isso não era um problema relevante. O foco estava na comunicação rápida — e nesse quesito, os QWERTY eram imbatíveis.
Com o avanço do touchscreen, especialmente após o lançamento do iPhone em 2007, os celulares com teclado físico começaram a desaparecer. Ainda assim, até hoje encontramos fãs nostálgicos que defendem com paixão a praticidade, precisão e charme dos bons e velhos teclados QWERTY.
Prova disso é o lançamento das capinhas de celular com teclado físico embutido do youtuber Mr. Mobile. Chamado de “Clicks”, o produto vem em várias cores e formatos diferentes para se adaptar aos smartphones modernos, a fim trazer o estilo da era QWERTY para a modernidade.
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