CKD, SKD: quais as diferenças entre as fábricas de carros?

Com a chegada e a confirmação de produção nacional das fabricantes chinesas ao Brasil, surgiram algumas dúvidas sobre os processos industriais que serão utilizados por elas. 

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Algumas dessas marcas afirmam que começarão a montar alguns de seus carros por aqui ainda este ano através do processo SKD, para no futuro atualizar para CKD. 

Mas você sabe como funciona e o que significa essas siglas? É isso que o CT Auto vai te contar. 

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SKD: Semi Knocked-Down

O modelo SKD, ou Semi-Desmontado na tradução literal, já é utilizado no Brasil por algumas marcas tradicionais, como a Audi. Ele consiste em utilizar peças que já foram pré-montadas no exterior e depois exportadas para outro país, que apenas finaliza a construção dos veículos. 

Esse processo também pode utilizar alguns componentes nacionais, mas a grande maioria é importada.. 

A BYD, por exemplo, começará a produção de sua fábrica em Camaçari (BA) desta forma. A marca afirma que as atividades começarão ainda neste mês de junho e mais para frente será implementado mais componentes nacionais na produção. 

CKD: Completely Knocked-Down

Já o CKD (ou Completamente Desmontado), é um processo industrial mais desenvolvido e trabalhoso. A principal diferença para o SKD é a quantidade de componentes locais, mas ainda há a importação de alguns elementos. 

A BMW e a Caoa Chery utilizam esse modelo no Brasil. Partes da estamparia e acabamentos ainda são importados, mas todo o restante do processo é realizado localmente, como a armação do monobloco, soldagem, pintura e montagem. A única diferença para um produto produzido localmente está na estamparia.

Com sua fábrica em Iracemápolis (SP) praticamente pronta, a BYD planeja iniciar de imediato com o processo CKD, com a produção de modelos como o Haval H6, a picape Poer e o Haval H9. A marca afirma que as atividades começaram ainda este mês. 

Existe alguma fabricante com produção 100% nacional?

Nenhum automóvel é produzido 100% nacionalmente — pelo menos no Brasil. Sempre há fornecedores no exterior, mesmo que em pouca quantidade. 

Mas muitas empresas buscam o maior número de fornecedores em solo brasileiro. A Bosch e a ZF, por exemplo, têm trabalhado para oferecer no Brasil sistemas de conectividade e assistências de condução. 

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