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Curiosidades

Cientistas revelam o misterioso motivo pelo qual acreditam que recebemos um sinal de um universo paralelo

Em 2019, um sinal enigmático vindo do espaço profundo deixou cientistas intrigados e reacendeu debates sobre a possível existência de universos paralelos. Detectado pelo Observatório de Ondas Gravitacionais por Interferometria a Laser (LIGO), o fenômeno recebeu o nome de GW190521 e, à primeira vista, parecia ser resultado da colisão de dois buracos negros massivos. No entanto, um novo estudo conduzido por pesquisadores da Academia Chinesa de Ciências propõe uma explicação muito mais ousada: a de que o sinal pode ter vindo de um universo paralelo, viajando até o nosso por meio de um buraco de minhoca.

As ondas gravitacionais são deformações no tecido do espaço-tempo provocadas por eventos extremamente violentos e energéticos, como a fusão de buracos negros ou estrelas de nêutrons. Elas foram previstas por Albert Einstein em 1916, mas só foram observadas diretamente um século depois, em 2015. Desde então, cada nova detecção tem ajudado a revelar detalhes sobre a estrutura e a dinâmica do cosmos.

No caso do GW190521, o sinal chamou a atenção por sua duração extremamente curta e por não apresentar a chamada “fase de espiral inspiral”, comum em eventos de fusão de buracos negros binários. Essa fase costuma ser registrada antes da colisão, quando os objetos giram em torno um do outro acelerando gradualmente até se fundirem. A ausência dessa característica levantou dúvidas sobre a origem do fenômeno.

No artigo “Is GW190521 a gravitational wave echo of wormhole remnant from another universe?”, submetido em setembro, os cientistas chineses sugerem que a explicação pode estar além das fronteiras do nosso universo conhecido. Eles propõem que o sinal detectado possa ter sido um “eco gravitacional” emitido por um buraco de minhoca — uma estrutura teórica prevista pela relatividade geral que funcionaria como um atalho no espaço-tempo, conectando dois pontos distantes ou até mesmo universos diferentes.

Segundo os pesquisadores, “um aspecto particularmente intrigante do evento GW190521 detectado pela colaboração LIGO-Virgo é sua duração extremamente curta e a ausência de uma fase de espiral claramente identificável, normalmente observada na coalescência de buracos negros binários. Neste trabalho, levantamos a hipótese de que GW190521 pode representar um único pulso isolado de eco gravitacional proveniente de um buraco de minhoca, que seria o remanescente pós-fusão de buracos negros em outro universo e conectado ao nosso por meio da garganta [de um buraco de minhoca]”.

A chamada “garganta” é a região central do buraco de minhoca, responsável por formar o túnel que ligaria dois pontos distintos do espaço ou, nesse caso, dois universos diferentes. Embora a hipótese ainda seja altamente especulativa e o estudo não tenha passado por revisão por pares, os próprios cientistas reconhecem que a explicação mais provável continua sendo a fusão de buracos negros. Ainda assim, eles afirmam que “as evidências não são significativas o bastante para descartar a possibilidade de que o modelo de eco de buraco de minhoca seja uma hipótese viável para o evento GW190521”.

A ideia de que o nosso universo pode ser apenas um entre muitos não é nova. O conceito de multiverso — um conjunto de universos coexistindo paralelamente — tem sido discutido há décadas por físicos teóricos. Um dos nomes mais respeitados nessa área é Alexander Vilenkin, autor e físico teórico que defende a teoria da “inflação eterna”.

De acordo com Vilenkin, o processo de inflação cósmica — a expansão exponencial do universo que ocorreu instantes após o Big Bang — não teria terminado simultaneamente em todos os lugares. Ele argumenta que, enquanto em nossa região do cosmos a inflação cessou há cerca de 13,7 bilhões de anos, em outras partes ela continua acontecendo, criando constantemente novos “universos-bolha”.

Em entrevista à revista Scientific American em 2011, Vilenkin explicou: “Em nossa vizinhança cósmica, a inflação terminou há 13,7 bilhões de anos, mas ainda continua em regiões remotas do universo, e outras regiões ‘normais’ como a nossa estão sendo formadas constantemente. As novas regiões aparecem como bolhas microscópicas e imediatamente começam a crescer. As bolhas continuam crescendo indefinidamente; enquanto isso, são afastadas pela expansão inflacionária, abrindo espaço para que mais bolhas se formem. Esse processo interminável é chamado de inflação eterna. Vivemos em uma dessas bolhas e só podemos observar uma pequena parte dela. Não importa o quão rápido viajemos, não conseguiremos alcançar os limites em expansão da nossa bolha, então, para todos os efeitos práticos, vivemos em um universo-bolha autossuficiente.”

Embora a teoria do multiverso ainda esteja além do alcance da observação direta, eventos como o GW190521 abrem espaço para novas interpretações e hipóteses sobre a estrutura do cosmos. Se confirmado, o estudo chinês representaria um dos indícios mais extraordinários de que nossa realidade pode estar conectada a muitas outras — e que o universo que conhecemos talvez seja apenas uma fração de algo muito maior.

Esse Cientistas revelam o misterioso motivo pelo qual acreditam que recebemos um sinal de um universo paralelo foi publicado primeiro no Misterios do Mundo. Cópias não são autorizadas.

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augustopjulio

Sou Augusto de Paula Júlio, idealizador do Tenis Portal, Tech Next Portal e do Curiosidades Online, tenista nas horas vagas, escritor amador e empreendedor digital. Mais informações em: https://www.augustojulio.com.