Cientistas descobrem como tubarão-azul consegue mudar de cor igual a um camaleão
O tubarão-azul consegue mudar de cor igual um camaleão, conforme apresentado na Society for Experimental Biology Annual Conference, realizada entre os dias 8 e 11 de julho na Bélgica. Os pesquisadores da City University of Hong Kong (CityU) descobriram que a coloração azul característica do tubarão é gerada por nanostruturas localizadas em suas escamas, chamadas dentículos dérmicos.
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Ao estudar essas estruturas, a equipe identificou cristais de guanina e sacos de melanina no interior dessas estruturas. Enquanto a guanina reflete a luz azul, a melanina absorve outras cores, formando um sistema sofisticado de controle óptico.
Segundo os autores da pesquisa, os componentes se organizam como “sacos com espelhos” e “sacos com absorvedores pretos”, trabalhando em conjunto para gerar e modular a coloração da pele do tubarão.
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A descoberta mais intrigante, no entanto, foi que o espaçamento entre os cristais de guanina pode variar conforme o ambiente, algo semelhante ao mecanismo usado pelos camaleões. Acontece assim: quando o tubarão mergulha em águas mais profundas, a pressão aumenta, comprimindo os cristais e escurecendo sua pele. Essa capacidade adaptativa pode ser uma forma natural de camuflagem, ajudando o animal a se esconder de predadores ou presas.
Esse mecanismo estrutural de mudança de cor pode ser impulsionado por fatores ambientais que afetam o espaçamento das plaquetas de guanina, conforme os pesquisadores explicam em comunicado:
Alterações em escala muito sutis, resultantes de algo tão simples como mudanças de umidade ou pressão da água, podem alterar a cor do corpo, moldando a maneira como o animal se camufla ou se contrapõe ao seu ambiente natural.
Embora os efeitos ainda tenham sido apenas simulados em laboratório, os cientistas planejam investigar como esse mecanismo funciona em um tubarão-azul em seu habitat.
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