Cientista explica teoria de longa data sobre por que a Coca-Cola do McDonald’s tem um sabor melhor
O sabor do refrigerante servido nas unidades da McDonald’s costuma ser motivo de debate entre consumidores. Para muita gente, o refrigerante parece mais gelado, mais borbulhante e, de alguma forma, mais saboroso do que quando é consumido em outros lugares. Essa percepção é tão frequente que levou especialistas a investigarem os motivos por trás da sensação única de tomar um copo de Coca-Cola no famoso restaurante de fast food.
Nos Estados Unidos, o consumo de produtos da marca atinge números impressionantes: estima-se que mais de 39 bilhões de litros sejam consumidos no país em um único ano. Uma boa parte disso vem dos copos de refrigerante vendidos nos balcões e drive-thrus da rede, o que reforça a ideia de que há algo diferente na forma como a bebida é servida ali.
Segundo uma investigação conduzida pelo jornal HuffPost, a resposta está em detalhes técnicos cuidadosamente controlados pela rede de fast food. Para esclarecer a questão, participaram da análise engenheiros, funcionários atuais e antigos e especialistas em carbonatação, incluindo o professor Roberto Zenit, da Brown University.
A explicação começa pela água utilizada na preparação da bebida. Enquanto muitos estabelecimentos usam água em temperatura ambiente e filtragem básica, a rede prioriza o uso de água filtrada e previamente refrigerada. De acordo com Zenit, essa prática tem relação direta com um princípio físico conhecido como Lei de Henry, que descreve a relação entre temperatura e dissolução de gases em líquidos.
De forma simples, quanto mais fria a água, mais facilmente o dióxido de carbono se dissolve nela, o que garante bolhas mais estáveis e uma sensação mais intensa de efervescência. Isso explica por que o refrigerante sai da máquina com aquele nível de gás que parece “explodir” na língua.
Outro detalhe importante está no xarope que dá sabor à bebida. Enquanto a maioria dos restaurantes recebe o xarope em sacos plásticos, a rede utiliza tanques de aço inoxidável para armazená-lo. Essa escolha protege o conteúdo de fatores externos, como luz solar, oxigênio e variações de temperatura, mantendo o sabor mais fresco e consistente.
Além disso, a proporção de xarope e água gaseificada também difere do padrão. A rede utiliza uma quantidade maior de xarope em relação à água, compensando a diluição natural causada pelo gelo que derrete no copo. Com isso, mesmo após alguns minutos, o gosto permanece forte e marcante.
Há ainda outro fator curioso: o canudo. A rede utiliza canudos ligeiramente mais largos do que os comuns, cerca de 0,5 milímetro a mais de diâmetro. Embora pareça um detalhe insignificante, essa diferença permite que uma quantidade maior de líquido atinja as papilas gustativas de uma só vez, potencializando a percepção de sabor e de frescor.
A ciência também oferece uma explicação sobre a sensação prazerosa que o gás provoca. Segundo Zenit, a carbonatação ativa receptores sensoriais profundos no cérebro, os mesmos que respondem à ingestão de alimentos picantes. Essa leve irritação é percebida por muitos como estimulante, resultando em uma experiência mais intensa e satisfatória. Curiosamente, essa resposta é exclusiva dos humanos — experimentos mostram que animais como cães, cavalos e camundongos tendem a rejeitar água gaseificada.
Cada etapa do processo, desde a refrigeração da água até a escolha do canudo, é planejada para manter a bebida no melhor estado possível quando chega ao consumidor. Esses ajustes sutis, somados, explicam por que tantas pessoas afirmam que o refrigerante servido nas lojas da rede tem um sabor diferente — e, para muitos, melhor — do que quando comprado em garrafas ou latas tradicionais.
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