Casa Branca responde após Trump perder o Prêmio Nobel da Paz

A Casa Branca divulgou uma resposta oficial após o presidente Donald Trump não receber o Prêmio Nobel da Paz de 2025. A premiação foi anunciada nesta sexta-feira (10 de outubro), em Oslo, na Noruega, e reconheceu a atuação da líder da oposição venezuelana María Corina Machado, conhecida por sua campanha em defesa da democracia no país.

Antes da cerimônia, havia especulações sobre a possibilidade de Trump ser indicado ao prêmio, em parte devido a declarações públicas feitas por ele mesmo. A expectativa foi encerrada com a confirmação de Machado como vencedora e, logo em seguida, um comunicado oficial foi emitido pelo governo norte-americano.

Steven Cheung, diretor de comunicações da Casa Branca, afirmou: “O Comitê do Nobel provou que coloca a política acima da paz. O presidente Trump continuará fazendo acordos de paz ao redor do mundo, encerrando guerras e salvando vidas. Ele tem o coração de um humanitário, e nunca haverá ninguém como ele, capaz de mover montanhas com a força de sua vontade.”

Apesar da confiança demonstrada por seus aliados, especialistas indicavam que Trump não tinha chances reais de receber o prêmio. O historiador e autor Asle Sveen, estudioso da história do Nobel da Paz, declarou que “Trump não tinha qualquer possibilidade de ganhar o Prêmio da Paz”.

Segundo o testamento de Alfred Nobel, o prêmio deve ser entregue à pessoa que mais contribuiu para promover a fraternidade entre as nações. Para Nina Graeger, diretora do Peace Research Institute Oslo, Trump não se enquadrava nesse critério.

O nome do presidente surgiu nas discussões por causa de suas próprias declarações, nas quais afirmou merecer a honraria. Em fevereiro, durante um encontro com o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, Trump disse: “Eles nunca vão me dar um Prêmio Nobel da Paz. Eu mereço, mas nunca vão me dar.”

Trump repetiu diversas vezes que sua influência foi decisiva para encerrar conflitos em diferentes regiões. Em agosto, durante uma cúpula com líderes ucranianos e europeus, declarou: “Eu encerrei seis guerras. Se você observar os seis acordos que fechei este ano, todos eram conflitos em andamento. Eu não fiz cessar-fogos.”

Ao anunciar Machado como vencedora, o Comitê destacou a importância da democracia em um cenário global cada vez mais desafiador. “A democracia é uma condição essencial para uma paz duradoura. Vivemos em um mundo onde a democracia está em retrocesso, com regimes autoritários desafiando normas e recorrendo à violência”, afirmou o comunicado.

O Comitê também ressaltou que Machado tem sido “firme em seu apoio a uma transição pacífica para a democracia”, justificando assim sua escolha para a edição de 2025 do prêmio.

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