Câmbio e freio de mão manual estão com os dias contados? Para a Hyundai, sim

Já se acostumou com o câmbio automático e com o freio eletrônico? Se não, é bom mudar os hábitos, já que o câmbio manual e o tradicional freio de estacionamento com alavanca estão cada vez mais próximos de desaparecer do mercado automotivo. A projeção foi feita por Tyrone Johnson, diretor do Centro Técnico da Hyundai na Europa. 

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De acordo com o executivo, o declínio do câmbio manual não é apenas consequência das novas regulamentações ambientais e da complexidade de adaptar os sistemas modernos de assistência à condução a diferentes tipos de transmissão. Na verdade, ele acredita que o o principal fator é o desinteresse do público. 

“Ninguém mais quer câmbio ou freios de estacionamento manuais, ou instrumentos analógicos — nossos carros a combustão e os veículos elétricos têm interfaces muito parecidas”, declarou o diretor na entrevista.  

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Johnson acredita que as montadoras poderiam tentar contornar estes obstáculos se observassem que o público tem interesse nos componentes manuais, mas cada vez menos motoristas têm optado por veículos com três pedais. 

A popularização dos veículos elétricos deve acentuar esta tendência — basta considerar que, nos Estados Unidos, apenas 30% dos compradores do Hyundai Elantre N escolheram a versão com câmbio manual no ano passado; os demais optaram pela versão automática com oito velocidades e dupla embreagem. 

Freio de estacionamento digital

O diretor notou que o desinteresse também se estende a outros componentes tradicionais, como o freio de estacionamento. Segundo Johnson, os tradicionais freios de mão manuais e mostradores analógicos estão perdendo espaço. 

Para ele, motoristas com menos de 40 anos já não fazem questão de puxar uma alavanca para estacionar ou ver agulhas girando no painel. Na verdade, estes condutores parecem ter a tendência de preferir soluções eletrônicas e digitais, que oferecem praticidade e um visual mais moderno.

“Entendo que alguns queiram os sons, as vibrações, essas coisas. Esses estímulos sensoriais ajudam o cérebro humano a entender o que está acontecendo no carro”, acrescentou. “Mas você não pode esquecer que um carro é uma commodity, e que as pessoas vão comprá-lo por vários motivos, seja por sua performance ou porque tem limpadores de mão integrados”, finalizou. 

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