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Curiosidades

Cafés fakes vetados pela Anvisa contêm fungo tóxico que afeta os rins

Na última segunda-feira (2), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a comercialização de três marcas de cafés fakes, por não corresponderem às normas de qualidade e segurança. A matéria-prima é considerada imprópria para o consumo, por ser contaminada com ocratoxina A, uma micotoxina produzida por fungo.

Um artigo da UFPR menciona que a ocratoxina A (OTA) é produzida pelos fungos do gênero Aspergillus e Penicillium, normalmente encontrada em cereais, uva e café. No Brasil, os principais fungos produtores são Aspergillus ochraceus, Aspergillus westerdijkiae, Aspergillus carbonarius e Aspergillus niger.

Danos nos rins

Enquanto isso, de acordo com um estudo da UFRGS, a ocratoxina A se destaca pela sua “característica carcinogênica, nefrotóxica e teratogênica”. Em outras palavras, trata-se de uma substância com potencial para causar câncer, comprometer o funcionamento dos rins e provocar malformações no feto durante a gestação:


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A sua presença em qualquer alimento ou bebida é indesejável, tanto do ponto de vista da saúde quanto economicamente. O Brasil é um grande produtor e consumidor de alimentos e bebidas comumente contaminados por esta micotoxina.

Os pesquisadores envolvidos dizem que a prevenção da contaminação fúngica e consequente formação da micotoxina é a principal forma de evitar possíveis problemas econômicos e para a saúde dos consumidores.

Fungo do gênero Aspergillus spp (Imagem: Vyzhdova V/Wikimedia Commons)

A revisão bibliográfica menciona que, em humanos, a ocratoxina A tem sido associada a uma doença renal crônica e progressiva registrada nos Bálcãs, além de estar ligada a casos de câncer no trato urinário, devido à alta presença desse composto no sangue da população europeia.

Ocratoxina A em cafés fakes

A Anvisa determinou o recolhimento das marcas Oficial, Melissa e Pingo Preto. O comunicado menciona a substância tóxica e ressalta:

Uso de matéria-prima imprópria para o consumo humano, contaminada com ocratoxina A, uma micotoxina produzida por fungos. Presença de matérias estranhas e com impurezas, denominadas incorretamente no rótulo como polpa de café e café torrado e moído, que na verdade eram cascas e resíduos de café. Contaminação no produto acabado, indicando falhas nas boas práticas de fabricação, no processo de seleção de matérias-primas, e na produção e controle de qualidade do produto final. Os rótulos dos produtos também continham imagens e informações que podem causar erro e confusão em relação à natureza do produto, podendo levar o consumidor a entender que o produto se trata de café. 

Assim, a medida de vetar os cafés fakes visa proteger o consumidor de um perigo real proporcionado pelo fungo tóxico e reforça a importância da fiscalização rigorosa na produção e rotulagem de alimentos.

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augustopjulio

Sou Augusto de Paula Júlio, idealizador do Tenis Portal e do Curiosidades Online, tenista nas horas vagas, escritor amador e empreendedor digital. Mais informações em: https://www.augustojulio.com.