Aviões de guerra russos violam o espaço aéreo da Estônia em movimento “sem precedentes”
As tensões entre Rússia e Europa voltaram a se intensificar após mais um episódio envolvendo a violação de espaço aéreo de um país da OTAN. O conflito em andamento na Ucrânia já vinha mantendo a região em alerta, mas agora Moscou parece estar pressionando também os limites com outras nações.
Na semana passada, o primeiro-ministro da Polônia, Donald Tusk, denunciou que drones russos atravessaram o espaço aéreo polonês durante ataques contra a Ucrânia. O Kremlin, por sua vez, afirmou que não havia alvos em território polonês, tentando minimizar o incidente. Ainda assim, o episódio elevou a desconfiança entre os aliados europeus.
Desta vez, o caso foi registrado na Estônia. Segundo o governo local, três caças MiG-31 pertencentes às forças armadas russas cruzaram a fronteira aérea do país na sexta-feira, 19 de setembro, permanecendo por cerca de 12 minutos dentro do espaço aéreo estoniano. Para as autoridades, a ação foi interpretada como um ato ousado e provocativo.
O ministro das Relações Exteriores da Estônia, Margus Tsahkna, destacou a gravidade da situação em comunicado oficial. Ele declarou: “A Rússia já violou o espaço aéreo da Estônia quatro vezes somente neste ano, o que por si só é inaceitável, mas a invasão de hoje, com três caças, é de uma audácia sem precedentes. O aumento constante de testes de fronteira e da agressividade russa deve ser respondido com o fortalecimento rápido da pressão política e econômica”.
A reação não veio apenas de Tallinn. A chefe de política externa da União Europeia, Kaja Kallas, que também já foi primeira-ministra da Estônia, fez questão de se manifestar publicamente. Em publicação nas redes sociais, ela afirmou: “A violação do espaço aéreo da Estônia por aeronaves militares russas é uma provocação extremamente perigosa. Este é o terceiro caso semelhante em poucos dias, o que aumenta ainda mais as tensões na região. A União Europeia está em total solidariedade com a Estônia”.
Kallas acrescentou ainda que está em contato próximo com o governo estoniano e que a União Europeia continuará apoiando seus membros no fortalecimento das defesas com recursos do bloco. Para ela, “Putin está testando a determinação do Ocidente. Não podemos demonstrar fraqueza”.
Enquanto isso, cresce a preocupação de que tais provocações possam resultar em uma escalada ainda maior. Na Polônia, após a violação por drones, já houve pedido para invocar o Artigo 4 da OTAN. Esse dispositivo prevê consultas conjuntas entre os membros sempre que algum país considerar que sua integridade territorial, independência política ou segurança está ameaçada.
Com a repetição desses episódios em sequência, permanece a incerteza sobre como a Estônia e os aliados da OTAN reagirão diante das movimentações russas. O fato é que a fronteira leste da Europa segue como um dos pontos mais delicados do cenário internacional atual, com cada incidente aumentando o risco de novos desdobramentos.
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