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Curiosidades

As 3 ilhas que são proibidas no Brasil: Só militares e pesquisadores podem entrar nelas

Em meio às milhares de ilhas que pontuam o território brasileiro, algumas permanecem inacessíveis ao público comum. São áreas protegidas, perigosas ou de importância estratégica, onde apenas militares, cientistas ou pessoas com autorização especial podem entrar. O isolamento e as restrições transformaram esses locais em verdadeiros mistérios do país.

Ilha da Queimada Grande, o reino das serpentes

Ilha da Queimada Grande

A cerca de 35 quilômetros do litoral de São Paulo, entre Itanhaém e Peruíbe, existe uma ilha onde o ser humano praticamente não pisa há décadas. Trata-se da Ilha da Queimada Grande, conhecida mundialmente por abrigar uma das maiores concentrações de cobras venenosas do planeta.

Pesquisadores do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) estimam que existam até uma serpente por metro quadrado em certos pontos da ilha. A mais famosa delas é a jararaca-ilhoa (Bothrops insularis), espécie endêmica que só existe ali. O veneno desse animal é extremamente potente, e qualquer acidente seria fatal em minutos, já que não há postos de socorro ou transporte rápido disponível.

Por causa do risco, a ilha foi transformada em uma Área de Relevante Interesse Ecológico em 1984. O desembarque é proibido para visitantes e só é permitido a cientistas e profissionais autorizados pelo governo federal. Até mesmo a Marinha, responsável por fiscalizar a região, só realiza operações de manutenção quando há necessidade urgente.

O isolamento acabou sendo a salvação da espécie. Longe de caçadores e da destruição humana, a jararaca-ilhoa se adaptou de forma única, desenvolvendo um veneno mais eficiente para capturar aves, já que o acesso a presas terrestres é escasso.

Trindade e Martim Vaz, o posto avançado da Marinha

A 1.100 quilômetros de Vitória, no Espírito Santo, um pequeno grupo de ilhas rochosas desponta no meio do Atlântico. São Trindade e Martim Vaz, um dos locais mais remotos sob bandeira brasileira.

A principal ilha, Trindade, abriga uma base permanente da Marinha do Brasil. Ali vivem, em média, 30 militares responsáveis por pesquisas meteorológicas, observação oceânica e monitoramento ambiental. Cientistas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e da Universidade Federal do Espírito Santo também realizam expedições esporádicas para estudar correntes marítimas, erosão e espécies endêmicas.

Trindade e Martim Vaz

O acesso, no entanto, é extremamente limitado. Só é possível chegar por navio militar, em uma viagem que pode durar até cinco dias dependendo das condições do mar. Turistas não são aceitos e qualquer visita civil precisa de autorização do comando naval.

O arquipélago tem importância estratégica para o Brasil porque amplia a Zona Econômica Exclusiva no Atlântico, garantindo soberania sobre uma vasta área rica em biodiversidade e recursos minerais. Além disso, o isolamento natural faz de Trindade um laboratório vivo para estudos climáticos e de conservação marinha.

São Pedro e São Paulo, o ponto mais isolado do país

São Pedro e São Paulo,

Ainda mais distante está o Arquipélago de São Pedro e São Paulo, localizado a quase 1.000 quilômetros do litoral do Rio Grande do Norte. O conjunto de pequenas rochas vulcânicas mal chega a 17 mil metros quadrados e é o ponto habitado mais isolado do Brasil.

Não há praias, vegetação ou água doce. As ondas atingem diretamente as rochas e o calor pode ultrapassar 40 °C durante o dia. Mesmo assim, o local abriga uma pequena Estação Científica e um destacamento militar que se alterna a cada 15 dias. O posto é essencial para manter a presença brasileira na região e fortalecer a pesquisa sobre correntes marítimas e migração de espécies oceânicas.

Os cientistas que passam temporada ali estudam aves, crustáceos e peixes adaptados ao ambiente extremo. Para garantir a sobrevivência, tudo precisa ser levado de navio: alimentos, combustível, água potável e equipamentos. A cada troca de equipe, o abastecimento é feito pela Marinha, que também fiscaliza o entorno para evitar pesca ilegal.

Em uma entrevista à imprensa naval, um sargento que serviu no arquipélago descreveu a rotina como “um desafio físico e mental”. “É um lugar belo e hostil ao mesmo tempo. O vento não para, o barulho do mar é constante e a solidão faz parte do cotidiano. Mas saber que estamos aqui representando o país dá sentido a tudo”, contou.

Essas três ilhas — Queimada Grande, Trindade e Martim Vaz, e São Pedro e São Paulo — formam um triângulo invisível no mapa brasileiro onde a presença humana é controlada ao extremo. Cada uma guarda seus próprios segredos, preservados pelo tempo, pela natureza e pelas ordens de acesso restrito que continuam a mantê-las fora do alcance da curiosidade do público.

Esse As 3 ilhas que são proibidas no Brasil: Só militares e pesquisadores podem entrar nelas foi publicado primeiro no Misterios do Mundo. Cópias não são autorizadas.

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augustopjulio

Sou Augusto de Paula Júlio, idealizador do Tenis Portal, Tech Next Portal e do Curiosidades Online, tenista nas horas vagas, escritor amador e empreendedor digital. Mais informações em: https://www.augustojulio.com.