Activision derruba multiplayer online de Call of Duty por ataques de hackers
Em resposta aos ataques hackers em Call of Duty: WW2, a Activision decidiu derrubar os servidores do multiplayer online do título na Microsoft Store. Sua intenção é impedir que os jogadores tenham informações pessoais e seus dados expostos pelos cibercriminosos.
Apesar de impedir que os usuários que adquiriram o jogo na Microsoft Store estejam online, é importante notar que o título ainda tem seu modo em rede liberado no Steam e no PC Game Pass. Ou seja, ainda estão longe de impedir que usuários tenham seus computadores invadidos.
Através da vulnerabilidade do Remote Command Execution (RCE), os hackers atacam os jogadores de Call of Duty: WW2 de várias formas. Além de constranger os usuários com vídeos pornográficos, eles mandam mensagens pelo Bloco de Notas, mudam o papel de parede e realizam diversas outras ações para mostrar que estão no poder do PC.
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De acordo com o usuário do X, “LasagneManne”, a ferramenta que eles utilizam permite várias opções como expulsar o jogador adversário da partida ou habilitar o “Modo Deus” através do botão RCE. Desta forma, conseguem gerenciar várias ações dentro e fora do jogo, diretamente no computador dos demais — o que pode trazer problemas de segurança bem sérios.
📢 Call of Duty: WWII
Call of Duty: WWII on PC Microsoft Store was brought offline while we investigate reports of an issue
— Call of Duty Updates (@CODUpdates) July 5, 2025
A falha em Call of Duty WW2
Para ter uma ideia maior, Call of Duty: WW2 (2017) utiliza um sistema P2P matchmaking, uma forma “ancestral” de conectar dois jogadores para disputarem suas partidas. Nele os servidores são os PCs de quem organiza o grupo, não um dedicado para todo o público. Ou seja, ao jogar com seu amigo, você se conecta diretamente ao computador dele. Simples assim.
Desta forma, um deles pode utilizar o RCE para explorar vulnerabilidades e obter (e até expor) informações pessoais dos jogadores. O que é exatamente o que os hackers estavam fazendo em seus ataques desde a chegada do jogo ao PC Game Pass nas últimas semanas. O recomendável é evitar o modo online até o problema ser resolvido.
Em 2019 a Activision decidiu mudar este tipo de conexão e adicionou o sistema anti-cheat “Ricochet” em Call of Duty: Modern Warfare. Hoje temos o Ricochet 2 — que torna a vida dos hackers mais difícil e seus códigos mais complexos para serem explorados. Porém, isso ocorreu apenas dois anos depois do lançamento de WW2 e agora o público virou alvo fácil.

A esperança dos jogadores é de que a Activision e a Microsoft disponibilizem atualizações que resolvam o problema, já que uma das maiores diversões da franquia é justamente o seu multiplayer online. Porém, nenhuma das duas se pronunciou sobre o assunto ou ofereceu alguma previsão para isso (levando em consideração que é um título de 8 anos atrás, é bom sentar e esperar).
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