Acabam de encontrar no mar algo que não deveria existir. Acharam montanhas submarinas com a história da Terra ao contrário
Sob as águas geladas do mar do Norte, um achado recente deixou a comunidade científica intrigada. Geólogos identificaram formações submarinas que parecem desafiar um dos princípios mais básicos da geologia: o da superposição, segundo o qual cada camada de sedimento é mais jovem que a imediatamente abaixo dela. No entanto, esse “manual da Terra” acabou sendo invertido em grande escala.
Pesquisadores da Universidade de Manchester encontraram centenas de montículos submarinos, alguns com vários quilômetros de extensão, que exibem um cenário totalmente fora do comum.
As camadas mais recentes aparecem soterradas por outras muito mais antigas, criando uma inversão estratigráfica de grandes proporções. O fenômeno já era conhecido em menor escala, mas nunca havia sido documentado com tamanha magnitude.
Essas estruturas receberam os nomes de “sinkites” e “floatites” e teriam se formado entre o Mioceno tardio e o Plioceno, período que vai de cerca de 11 a 2,6 milhões de anos atrás.
Segundo os especialistas, terremotos ou tremores intensos provocaram a liquefação de camadas de areia mais jovens e pesadas, que afundaram, enquanto sedimentos mais leves, ricos em microfósseis, subiram como se fossem enormes balsas. O resultado foi uma espécie de embaralhamento natural da cronologia da Terra, deixando as camadas fora de ordem.
Para compreender o enigma, os cientistas recorreram a imagens sísmicas 3D de alta resolução e a dados de centenas de perfurações realizadas no fundo do mar.
#Hundreds of giant ‘sinkites’—sand bodies that invert typical geological layering—have been identified beneath the North Sea, challenging subsurface models and impacting carbon storage strategies. @AdmissionsUoM @NaturePortfolio https://t.co/Z1HkQwMIDN https://t.co/AITkUPUDc3
— Phys.org (@physorg_com) July 9, 2025
Com isso, conseguiram reconstruir o processo que deu origem a esse cenário inusitado. O que surgiu foi um verdadeiro mapa submarino que mostra como fluidos e sedimentos podem se mover de formas inesperadas, contrariando a lógica tradicional.
O estudo, publicado na revista Communications Earth & Environment, aponta que esse campo submarino do mar do Norte se tornou um laboratório natural para investigar mecanismos geológicos pouco estudados.
Além de fascinante, o fenômeno tem relevância prática. Entender como sedimentos se deslocam e selam ambientes subterrâneos pode ajudar tanto na exploração de petróleo e gás quanto em estratégias de captura e armazenamento de carbono. Também pode fornecer pistas valiosas sobre a forma como fluidos se movimentam sob a crosta terrestre.
Apesar de algumas vozes céticas, outros especialistas acreditam que a descoberta abre novas perspectivas para a compreensão de depósitos subterrâneos. O achado mostra que, mesmo em regiões extensivamente estudadas como o mar do Norte, a Terra ainda guarda surpresas capazes de mudar a maneira como enxergamos sua história geológica.
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