6 detalhes incríveis escondidos na primeira imagem do Observatório Vera C. Rubin
Com a maior câmera digital já construída especialmente para a ciência astronômica, o Observatório Vera C. Rubin — instalado no Chile — revelou sua primeira imagem do universo, repleta de detalhes impressionantes.
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A câmera LSST, utilizada pelo poderoso telescópio chileno, tem uma resolução de impressionantes 3.200 megapixels e será responsável por capturar imagens em time-lapse do céu noturno ao longo de, pelo menos, 10 anos.
O primeiro desses registros já atraiu a atenção de astrônomos e de pessoas apaixonadas pelo estudo do universo. Só nessa imagem inicial, foram identificadas mais de 10 milhões de galáxias dentro e ao redor do Aglomerado de Virgem — na constelação de Virgem — localizado a cerca de 55 milhões de anos-luz da Terra.
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Essa imagem e seus detalhes foram disponibilizados no site do observatório (www.skyviewer.app) por meio do “Baú do Tesouro Cósmico de Rubin”. Confira, a seguir, seis destaques incríveis dessa primeira captura do telescópio.
1. Galáxia Messier 61

A identificação da galáxia Messier 61 (M61) pelo Vera C. Rubin funciona como um grande espelho celeste. Isso porque, com esse registro em mãos, os cientistas conseguem ter uma ideia de como é a Via Láctea vista de fora.
A M61 apresenta um núcleo brilhante que abriga um buraco negro supermassivo. De acordo com a NASA, essa galáxia foi observada pela primeira vez em 1779 pelo astrônomo italiano Barnaba Oriani e está localizada a 55 milhões de anos-luz da Terra.
2. Colisão de galáxias espirais

Outro destaque do registro feito pelo telescópio chileno é a colisão de três galáxias espirais. É possível observar o trio se deslocando lentamente em direção a uma região com grande concentração de gás.
Esse tipo de processo é considerado comum pelos astrônomos. Estima-se que a Via Láctea tenha se fundido com outras galáxias pelo menos doze vezes ao longo dos últimos 12 bilhões de anos.
3. Par de galáxias

Ao contrário das galáxias citadas anteriormente, a NGC 4411b — à esquerda — e a NGC 4411 — à direita — parecem estar próximas, mas há uma separação significativa entre elas. O aparente alinhamento é, na verdade, uma ilusão de ótica.
As galáxias estão a diferentes distâncias da Terra: a NGC 4411b está a cerca de 70 milhões de anos-luz, enquanto a NGC 4411 está a pouco mais de 50 milhões de anos-luz.
4. Panqueca cósmica

Além das galáxias vistas de frente, também é possível observar algumas posicionadas de lado. Elas se assemelham a discos achatados ou “panquecas” envoltas em poeira cósmica brilhante.
Esse é o caso da galáxia NGC 4343, que aparece na imagem capturada pelo Observatório Vera C. Rubin com seu núcleo galáctico ativo, onde um buraco negro supermassivo atrai matéria em sua direção.
5. Grande aglomerado de galáxias

Principal foco da primeira imagem da câmera de 3.200 megapixels do Vera C. Rubin, o Aglomerado de Virgem contém cerca de 2.000 galáxias orbitando próximas umas das outras. O registro nos mostra como é observar um aglomerado dessa proporção visto de fora.
Cada ponto alaranjado representa uma galáxia localizada a milhões de anos-luz da Terra, contendo bilhões de estrelas, além de grandes quantidades de gás e poeira. A Via Láctea pertence ao Grupo Local, que, assim como o Aglomerado de Virgem, faz parte do Superaglomerado de Virgem.
6. Para finalizar, uma estrela próxima

A primeira imagem divulgada pelo Observatório Vera C. Rubin não mostra apenas corpos celestes distantes. Ela também revela um punhado de estrelas com brilho avermelhado localizadas dentro da Via Láctea.
É possível observar a luz dessas estrelas interagindo com outros objetos cósmicos, e os efeitos ópticos desse fenômeno podem ajudar o telescópio a distinguir estrelas próximas daquelas mais distantes.
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