50 anos após Tubarão, a Ciência põe fim ao mito do peixe que devora as pessoas
50 anos se passaram desde o lançamento do filme Tubarão (Jaws, 1975), de Steven Spielberg. A história do grande tubarão branco que aterroriza uma cidade costeira norte-americana gerou filas nos cinemas e plantou, na imaginação popular, um medo profundo do oceano. Mas atualmente, pesquisadores finalmente ajudam a mudar a imagem do tubarão como um assassino implacável.
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Na época em que o filme foi lançado, o conhecimento científico sobre os tubarões era limitado. Isso facilitou a consolidação de um mito: o de que tubarões seriam máquinas assassinas, sedentas por sangue humano. No entanto, estudos conduzidos ao longo das últimas décadas mostram que a realidade é muito diferente.
Segundo Gareth J. Fraser, professor associado de Biologia Evolutiva e do Desenvolvimento na Universidade da Flórida, o filme Tubarão teve um papel inesperadamente positivo, já que inspirou gerações de cientistas a estudar mais sobre esses animais. Fraser dedica sua pesquisa a entender a evolução dos dentes dos tubarões.
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Além dos dentes, os tubarões possuem outros “superpoderes” biológicos: sensores que detectam campos elétricos emitidos por presas escondidas, pele coberta por dentículos que reduzem o arrasto da água e até biofluorescência, útil para comunicação em águas profundas. São características que revelam a complexidade evolutiva do grupo, que existe há mais de 400 milhões de anos, muito antes dos dinossauros.
Tubarões são tímidos e inofensivos

Apesar da fama de predadores sanguinários, a maioria das mais de 500 espécies conhecidas de tubarões é tímida e inofensiva para os seres humanos. Ataques são raros e, quando ocorrem, geralmente são casos de confusão com presas como focas ou tartarugas, especialmente em águas turvas. Mesmo nas regiões onde populações de tubarões brancos se recuperaram (como em Massachusetts, onde Tubarão foi filmado), não houve aumento significativo nos incidentes com humanos.
A ciência mostra que tubarões têm papéis ecológicos essenciais nos oceanos, ajudando a manter o equilíbrio dos ecossistemas. Mas sua sobrevivência está ameaçada por causa da pesca predatória, destruição de habitat e maturidade sexual tardia, o que torna suas populações vulneráveis.
De acordo com o pesquisador, a imagem do tubarão como um monstro comedor de gente é, enfim, mais ficção do que realidade. Os tubarões podem ser, afinal, aliados valiosos da ciência.
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