5 coisas de Caça-Fantasmas dos anos 1980 que seriam canceladas atualmente

Como qualquer obra que é produto de seu tempo, Os Caça-Fantasmas (1984), clássico que marcou a vida de muita gente ao se tornar um ícone da cultura pop, tem sua parcela de elementos controversos que, provavelmente, seriam cancelados pelo público da atualidade. Seja por comentários duvidosos ou escolhas narrativas questionáveis, o longa lançado na década de 1980 conta com alguns aspectos que envelheceram como leite.

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Coisas de Os Caça-Fantasmas que seriam canceladas atualmente

Para saber mais sobre o que seria cancelado caso Os Caça-Fantasmas chegasse aos cinemas hoje em dia, o Canaltech selecionou 5 coisas do filme de 1984 que seriam controversas atualmente. Confira a seguir quais são elas:

• Peter Venkman tentando seduzir alunas
• Comentários sexistas para a bibliotecária fantasma
• Cena de sexo com possessão sobrenatural
• Winston não recebe a mesma atenção que os outros Caça-Fantasmas
• Mensagem subliminar antiambientalista

Peter Venkman tentando seduzir alunas

Bill Murray (Encontros e Desencontros) deve muito ao Dr. Peter Venkman pela importância do personagem em sua carreira, mas o parapsicólogo certamente seria cancelado hoje em dia por seu comportamento predatório em relação às mulheres.

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Na cena inicial de Os Caça-Fantasmas, por exemplo, Venkman aparece tentando seduzir uma de suas alunas, que é claramente mais jovem do que ele. Levando em consideração que Venkman é um professor que está em uma posição de poder maior do que a universitária, a sequência seria bastante controversa na atualidade.

Comentários sexistas para a bibliotecária fantasma

Hollywood tem um sério problema com a representatividade de mulheres em cena, carregando consigo um longo histórico de elementos misóginos que ajudaram a perpetuar discursos de gênero machistas que, durante os anos 1980, eram comuns. Em Os Caça-Fantasmas, é possível ver isso acontecendo na prática com Peter Venkman.

Mais um comentário questionável do protagonista na trama acontece durante a cena em que os caçadores de espíritos vão até uma biblioteca para investigar o local. Lá, eles são recebidos por uma bibliotecária de meia-idade que está bastante aterrorizada.

Venkman, então, decide questionar a mulher para saber o motivo de sua instabilidade emocional, perguntando-a sobre o histórico da família e até mesmo sobre seu ciclo menstrual. Ao questionar o ciclo menstrual da bibliotecária, Venkman sugere que esse poderia ser o motivo para seu estado de “histeria”, um comentário extremamente sexista que não seria visto com bons olhos hoje em dia.

Cena de sexo com possessão sobrenatural

Outra cena de Os Caça-Fantasmas que poderia receber uma enxurrada de críticas negativas hoje em dia é aquela em que Dana (Sigourney Weaver) e Louis (Rick Moranis) fazem sexo possuídos por espíritos malignos.

Nesse caso, o problema está na ideia de que, por estarem passando por um processo de possessão, nenhum dos dois estaria no controle do próprio corpo, uma implicação bastante questionável para os dias atuais em relação a questões de consentimento.

Winston não recebe a mesma atenção que os outros Caça-Fantasmas

Embora Winston (Ernie Hudson) faça parte do grupo de caçadores de fantasmas, o filme de 1984 não se esforça muito para lhe dar o mesmo destaque que oferece aos outros três. Sem muito desenvolvimento, o personagem acaba ficando de escanteio no longa original, o que poderia levantar alguns questionamentos hoje em dia pelo fato de Winston ser o único integrante negro do grupo.

Mesmo que Winston tenha recebido mais atenção nas sequências e até tenha seus momentos no filme original, ele não tem o mesmo tempo de tela que seus companheiros, que ganharam mais notoriedade que o personagem de Ernie Hudson (The Family Business) na época.

Mensagem subliminar antiambientalista

Você pode até não ter percebido de primeira, mas existe uma “mensagem subliminar” em Os Caça-Fantasmas que, nos dias atuais, poderia ser vista como uma espécie de antiambientalismo, movimento que se opõe às práticas de proteção ambiental diante de questões climáticas.

Isso porque Walter Peck (William Atherton), um funcionário da Agência de Proteção Ambiental que, no filme, está preocupada com o impacto climático das ações dos Caça-Fantasmas devido aos produtos químicos usados pelo grupo, é apresentado como um antagonista pelo simples fato de querer regulamentar o processo.

Embora Peck tenha sua parcela de culpa em algumas questões, é no mínimo questionável assistir ao longa de 1984 hoje em dia em meio aos tantos desastres climáticos que vem acontecendo nos últimos anos. 

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