X-Men: escritor confirma a razão da queda dos quadrinhos da Era Krakoana
Quando começou em 2019, a Era Krakoana dos X-Men apareceu como um novo começou para uma era épica sobre a utopia mutante. Duas HQs funcionaram como pilares, o que facilitou a adesão do público, que, em seguida, viu essas duas publicações se multiplicar aos montes em tramas conectadas ao assunto. Contudo, ao longo de cincos anos, houve uma debandada, e o evento apagou com a mesma força que surgiu. Agora, a mente por trás de tudo isso confirma a razão desse reboot não ter funcionado como havia sido desenhado inicialmente.
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Quando a Era Krakoana chegou, foi um marco de uma nova era ousada para os mutantes da Marvel. A indústria de quadrinhos ficou chocada quando a Casa das Ideias estabeleceu uma nação e revelou que as habilidades mutantes haviam conquistado a morte e ressuscitado heróis e vilões mortos da noite para o dia.
Como dito, o que mais chamou a atenção inicialmente foi o fato de que a outrora enorme e desorganizada linha de títulos X foi reduzida a apenas duas revistas quinzenais. A princípio, a proposta de duas publicações se desdobrar em outras com duração limitada parecida interesse, ainda mais para uma franquia que se acostumou a ficar inchada desde os anos 1990.
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Contudo, os mesmos problemas de antigamente voltaram. A ficção científica de Jonathan Hickman na Era Krakoana era tão interessante quanto complexa. E acompanhar isso em revistas que se multiplicavam cada vez mais passou a ser algo oneroso e complicado demais para os fãs.

Em determinado momento, a Era Krakoana tinha nada menos do que 14 títulos nas prateleiras, que, embora estivessem conectados aos conceitos de Hickman, muitas vezes fugiam em temas ou até em continuidade.
A utopia mutante trouxe ideias interessantes e, pela primeira vez, deu aos X-Men a oportunidade de ser a raça evoluída e poderosa que os Filhos do Átomo sempre sonharam em ser. Mas o problema de prateleiras inchadas voltou, assim como cronologia confusa.
Hickman confirma problema de “inchaço”
Em entrevista ao podcast Off-Panel, Hickman falou sobre vários projetos, com o roteirista admitindo que a Era Krakoana foi “a experiência criativa mais decepcionante que já tive”. Ele contou sobre o desafio de montar uma nova história que outros criadores possam ajudar a espalhar para outras revistas e também a respeito do grande número de livros que a linha X precisa colocar nas prateleiras.

“Você não pode controlar 14 livros. É uma ilha isolada, sabe? Uma analogia terrível, peço desculpas. Tem um peso gravitacional muito grande, pois 25% dos quadrinhos que estamos fazendo são dos X-Men, 25% do dinheiro que estamos ganhando vêm desses quadrinhos. Temos que ganhar tanto dinheiro no ano que vem quanto ganhamos este ano, e, na verdade, eles gostariam que ganhássemos um pouco mais”, disse.
Essa busca por metas cada vez maiores foi o que causou o novo inchaço. “Esse escritório precisa continuar produzindo esse nível de receita e esse número de títulos… Quando se fala da linha X de quadrinhos, é simplesmente enorme. Não dá para focar… é tão, tão grande.”
Ao final, tudo o que Hickman vinha trazendo de mais rico para os mutantes acabou se diluindo em muitos títulos ao longo de cinco anos. A complexidade de uma trama que exigia uma grana alta para ser acompanhada cansou os leitores e seus bolsos. E, assim, em 2024, a Era Krakoana acabou, com várias de suas inovadoras ideias enterradas pela nova fase, Das Cinzas.
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