Por que o 13º andar foi completamente “banido” em vários prédios de Nova York
Subir em um arranha-céu em Nova Iorque pode revelar um detalhe curioso para quem presta atenção na numeração dos andares. Muitos desses prédios não seguem a sequência tradicional, pulando diretamente do 12º para o 14º andar, como se o 13º simplesmente não existisse.
Essa ausência não tem nada a ver com a forma como os norte-americanos numeram os andares — onde o térreo é chamado de primeiro andar. A explicação está ligada a uma superstição antiga, que acabou moldando a própria arquitetura da cidade. Em um edifício de 27 andares, por exemplo, é comum que a contagem vá de 1 a 28, ignorando completamente o número 13.
Um levantamento realizado em 2020 pelo portal StreetEasy mostrou que apenas cerca de 9% dos prédios residenciais de Nova Iorque com 13 andares ou mais possuem um 13º andar sinalizado. Já a empresa Otis Elevator Company informou que 85% de seus elevadores na cidade não incluem o botão para o 13º andar, passando direto do 12º para o 14º. Alguns edifícios disfarçam a numeração, chamando o 13º andar de “12A” ou rotulando-o como 14º. Outros destinam o espaço para depósitos, áreas técnicas ou simplesmente o mantêm vazio.
Essa prática é mais comum em prédios residenciais. Edifícios icônicos, como o Empire State Building e o Flatiron Building, possuem oficialmente um 13º andar. Mas, em muitos outros, o número foi “apagado” para evitar desconforto entre os moradores.
A razão está em um termo pouco conhecido, mas com uma longa história: triscaidecafobia — o medo do número 13. O historiador de arquitetura Andrew Alpern explicou ao New York Post: “Eu sei que existem muitas pessoas que, por algum motivo maluco, acham que o número 13 dá azar. Do ponto de vista de um construtor, o proprietário quer alugar o espaço e não quer nada atrapalhando isso. Então, o 13 simplesmente some.”

Segundo ele, a prática pode ter surgido de forma espontânea. “Talvez um proprietário tenha percebido que ninguém queria alugar apartamentos no 13º andar. Então ele retirou o número. Outro proprietário copiou, e assim virou costume. É uma daquelas coisas típicas de Nova Iorque”, afirmou.
Mas de onde vem essa associação entre o número 13 e o azar? Não há uma única resposta, e a origem pode estar ligada a diferentes tradições culturais e religiosas. No cristianismo, por exemplo, acredita-se que Jesus esteve à mesa com 13 pessoas na Última Ceia — sendo Judas, o traidor, o 13º a sentar. Já na mitologia nórdica, Loki, conhecido como o deus da trapaça, foi o 13º convidado de um banquete no Valhala, evento que terminou em tragédia. Até mesmo os baralhos de tarô contribuem para a crença, já que a carta de número 13 representa a morte.
Essa superstição se tornou tão enraizada na cultura ocidental que, mesmo em uma metrópole moderna e tecnológica como Nova Iorque, ela ainda influencia decisões práticas. Ao longo das décadas, construtoras e incorporadoras optaram por seguir o costume de omitir o número 13 dos andares, considerando que isso facilitaria a comercialização dos imóveis e evitaria resistência de compradores mais supersticiosos.
Essa curiosa relação entre crença popular e arquitetura criou um cenário único na cidade. Enquanto elevadores saltam de um número a outro e placas nos corredores mostram uma sequência “incompleta”, o 13º andar continua lá — invisível para quem lê a numeração, mas fisicamente presente, escondido sob outros nomes ou simplesmente esquecido entre os andares.
Esse Por que o 13º andar foi completamente “banido” em vários prédios de Nova York foi publicado primeiro no Misterios do Mundo. Cópias não são autorizadas.
O que achou dessa notícia? Deixe um comentário abaixo e/ou compartilhe em suas redes sociais. Assim conseguiremos informar mais pessoas sobre as curiosidades do mundo!
Esta notícia foi originalmente publicada em:
Fonte original

