Ninguém esperava que a NASA ativasse seu protocolo de defesa planetária. Mas esse objeto interlestalar não deixou outra opção
Na terça-feira, 21 de outubro, a NASA acionou um de seus protocolos mais restritos: o de defesa planetária. O comunicado oficial foi discreto, publicado apenas em um documento técnico, sem entrevistas coletivas ou grandes anúncios. O conteúdo, no entanto, chamou atenção de especialistas ao redor do mundo. O texto informava o início de uma “Campanha de Astrometria de Cometas”, com foco em um único e enigmático objeto: 3I/ATLAS.
O protocolo foi ativado por meio da Rede Internacional de Alerta de Asteroides (IAWN), um consórcio global formado por observatórios e agências espaciais. Essa estrutura foi criada para responder de forma coordenada a ameaças vindas do espaço, mas nunca havia sido mobilizada para observar um visitante interestelar.
Desde sua descoberta, 3I/ATLAS — também identificado como C/2025 N1 — vem apresentando comportamentos que intrigam os astrônomos. Ao contrário de outros cometas, sua trajetória e a forma de sua cauda não seguem padrões previsíveis. Em vez de manter uma rota estável, o objeto muda de aparência e orientação de maneira irregular, desafiando modelos físicos já consolidados.
Um dos episódios mais marcantes ocorreu no Telescópio Óptico Nórdico, localizado no Teide. A equipe registrou o surgimento de uma “anticola” — uma estrutura luminosa apontando diretamente para o Sol. Pouco tempo depois, essa formação desapareceu, dando lugar a uma cauda convencional. O fenômeno não encontra explicação completa nos modelos astronômicos atuais, o que aumentou a preocupação com possíveis mudanças de rota.
O documento que oficializou a ativação do protocolo foi publicado no canal técnico do Minor Planet Center, vinculado à União Astronômica Internacional. O texto, embora frio e técnico, trazia uma frase que acendeu o alerta entre especialistas: “Os corpos cometários são características estendidas que podem sistematicamente extrair as medições de seu centroide de seu pico de brilho central.” Em linguagem simples, significa que o brilho do cometa não corresponde exatamente ao local de seu núcleo físico, sugerindo algo inesperado entre aparência e estrutura real.
Junto com a notificação, foi marcado um workshop urgente sobre astrometria avançada — a ciência de medir posições e movimentos de objetos celestes com extrema precisão. A convocação incluiu observatórios em vários continentes, com um cronograma detalhado:
- 10 de novembro: treinamento técnico para as equipes de observação
- 25 de novembro: reunião de lançamento da campanha
- 27 de novembro de 2025 a 27 de janeiro de 2026: monitoramento coordenado em escala global
- 3 de fevereiro: teleconferência final para análise dos dados coletados
Esse intervalo coincide com o periélio de 3I/ATLAS, quando ele estará mais próximo do Sol. Nesse estágio, os cometas tendem a ficar mais ativos e instáveis, liberando grandes volumes de gases e poeira. Qualquer fragmentação poderia alterar sua rota de forma abrupta, e é exatamente essa incerteza que motivou a ação internacional.
A massa estimada do cometa ultrapassa 30 bilhões de toneladas, composta em cerca de 87% por dióxido de carbono congelado. Essa característica o torna extremamente sensível à radiação solar. Mudanças súbitas no núcleo, mesmo pequenas, podem modificar sua trajetória de forma imprevisível.
O objetivo do protocolo de defesa planetária não é preparar uma interceptação, mas garantir que a comunidade científica tenha o máximo de dados possível. Ao concentrar telescópios e recursos tecnológicos em uma única campanha, a IAWN busca identificar qualquer variação significativa de movimento, brilho ou fragmentação.
Nunca antes um objeto interestelar havia provocado esse tipo de mobilização global. O caso do 3I/ATLAS representa uma nova etapa na relação entre a Terra e o espaço profundo, forçando a ciência a agir com precisão diante de um fenômeno que foge das expectativas. A partir do fim de novembro, dezenas de telescópios estarão voltados para esse único ponto no céu, registrando cada detalhe de sua trajetória.
Para os cientistas, essas semanas serão cruciais para entender como um corpo vindo de fora do Sistema Solar se comporta ao se aproximar do Sol. A missão também servirá como um grande teste de coordenação internacional em situações de risco potencial. Mesmo sem sinal de impacto, a incerteza é suficiente para manter a vigilância máxima.
Esse Ninguém esperava que a NASA ativasse seu protocolo de defesa planetária. Mas esse objeto interlestalar não deixou outra opção foi publicado primeiro no Misterios do Mundo. Cópias não são autorizadas.
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