Como a mulher mais rica do mundo, que você provavelmente nunca ouviu falar, construiu sua fortuna de 116.000.000.000 de dólares

A maioria das pessoas conhece os nomes mais comentados entre os super-ricos: empresários lançando foguetes ao espaço, magnatas que transformaram o varejo e estrelas da música que transformam turnês em impérios globais. Porém, há uma mulher que acumula uma das maiores fortunas do planeta e que passa despercebida por boa parte do público. Seu patrimônio ultrapassa 116 bilhões de dólares e ela ocupa o posto de mulher mais rica do mundo.

Essa história começa em 1962, em Bentonville, uma pequena cidade do estado de Arkansas, nos Estados Unidos. Foi lá que dois irmãos, Sam e Bud Walton, abriram uma loja de descontos com um objetivo simples: tornar produtos básicos mais acessíveis para a população. O conceito cresceu rapidamente e se transformou na gigante Walmart, que hoje conta com mais de 10.000 unidades e mais de 2 milhões de funcionários em diversos países.

A única filha de Sam Walton é Alice Walton, a mulher que herdou parte desse império e que, atualmente, lidera a lista das bilionárias mais ricas do planeta. A família Walton é considerada a mais rica dos Estados Unidos, com uma fortuna coletiva que se aproxima de 470 bilhões de dólares. Alice tem dois irmãos, Jim e Robson, ambos membros do conselho de administração da empresa. Um terceiro irmão, John, morreu em um acidente de avião em 2005.

A herdeira do Walmart, Alice Walton, entrou discretamente para o seleto clube dos 100 bilhões de dólares

Alice foi casada duas vezes, mas ambas as uniões terminaram em divórcio. Ao contrário dos irmãos, que seguiram uma trajetória mais próxima da administração corporativa, ela escolheu trilhar outro caminho. Seu interesse se voltou para as artes e para projetos filantrópicos, construindo uma imagem pública mais discreta.

Nos últimos anos, a fortuna de Alice Walton cresceu de forma expressiva. Segundo a Forbes e a Bloomberg, seu patrimônio pessoal ultrapassou 116 bilhões de dólares, após a valorização de cerca de 40% das ações da Walmart, que atingiram níveis recordes. Com esse salto, ela superou a herdeira da L’Oréal, Françoise Bettencourt Meyers, que possui aproximadamente 81,6 bilhões de dólares.

Apesar de ocupar o topo entre as mulheres mais ricas, Alice não é a pessoa mais rica da própria família. Seus irmãos Jim e Rob figuram em posições mais altas no ranking global de bilionários, com patrimônios estimados em 131 e 129 bilhões de dólares, respectivamente.

Mesmo cercada por uma das maiores fortunas do mundo, Alice Walton escolheu não viver à sombra dos negócios da família. Em 2011, inaugurou o Crystal Bridges Museum of American Art, em Bentonville. A instituição reúne obras de grandes nomes da arte norte-americana, como Andy Warhol, Georgia O’Keeffe e Norman Rockwell. O museu se tornou um ponto de referência cultural no interior dos Estados Unidos, refletindo a visão de Alice sobre a importância de levar arte e educação para além dos grandes centros urbanos.

A fortuna de Walton alimenta sua paixão por arte, cultura e projetos comunitários

Em entrevista à revista The New Yorker, ela comentou: “Colecionar tem sido uma alegria e uma parte essencial da minha vida. Ver e amar a arte me transformou profundamente.”

Seu envolvimento com projetos sociais não se limita à arte. Em Bentonville, será inaugurada uma escola de medicina com seu nome, voltada para formar novos profissionais de saúde. O investimento reforça sua estratégia de direcionar recursos para educação, saúde e desenvolvimento local, mantendo-se distante do glamour e da autopromoção.

No passado, Alice também se envolveu com criação de cavalos. Porém, em 2017, decidiu vender seus animais e propriedades rurais. Segundo o Business Insider, ela afirmou que estava “dividida em muitas direções” e que precisava focar em novos objetivos.

Mesmo com o nome Walton associado a um império empresarial gigantesco e à propriedade de diversas franquias esportivas, Alice Walton prefere uma atuação silenciosa e estratégica. Enquanto os holofotes recaem sobre outros bilionários mais conhecidos, ela constrói sua influência fora do tradicional mundo corporativo, deixando sua marca em áreas que moldam cultura, educação e desenvolvimento comunitário.

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