Antiga profecia sombria que prevê figura misteriosa de “chapéu vermelho” que mudaria o mundo ressurge

Uma antiga profecia de um povo nativo norte-americano vem chamando atenção nas últimas décadas, principalmente por causa de suas descrições sobre eventos que, para alguns, parecem se encaixar no mundo moderno.

O povo em questão é o dos Hopi, uma tribo indígena que vive majoritariamente na Reserva Hopi, localizada no nordeste do estado do Arizona, nos Estados Unidos. Suas tradições espirituais são transmitidas oralmente há gerações, e parte de suas profecias começou a se tornar pública a partir da metade do século XX.

Entre os relatos mais comentados está o anúncio do fim de um ciclo chamado “Quarto Mundo”. Segundo a crença Hopi, a humanidade vive dentro de uma sequência de quatro grandes eras ou mundos.

Cada um deles representa um estágio de desenvolvimento e de desafios enfrentados pela humanidade. O Quarto Mundo, no qual nos encontraríamos atualmente, seria marcado por intensos avanços tecnológicos e por um período de grande turbulência global, com desequilíbrios sociais e ambientais.

Em 1992, durante um encontro nas Nações Unidas, o ancião espiritual Thomas Banyacya apresentou aos líderes mundiais uma dessas profecias. Ele falou sobre uma figura misteriosa conhecida como “Verdadeiro Irmão Branco” (True White Brother), descrita como um personagem de grande poder que usaria um chapéu ou manto vermelho. Essa figura teria o papel de influenciar decisões que determinariam o futuro da humanidade, guiando-a ou não para uma nova era — o chamado “Quinto Mundo”, visto pelos Hopi como um período de equilíbrio e harmonia.

Segundo Banyacya, “três ajudantes” foram designados pelo Grande Espírito para auxiliar os Hopi a trazer uma vida pacífica à Terra. Essa promessa, segundo ele, vinha sendo esperada há muitas gerações. A ideia de que uma figura vestida de vermelho apareceria num momento de grandes mudanças foi retomada em programas e debates recentes, incluindo um episódio do podcast SundayCool, que costuma discutir histórias pouco convencionais.

No episódio, um dos apresentadores, Josh Hooper, leu um trecho da profecia: “É sabido que nosso Verdadeiro Irmão Branco, quando vier, será todo-poderoso e usará um chapéu ou manto vermelho.”

A menção ao “chapéu vermelho” fez com que os apresentadores associassem a figura ao presidente norte-americano Donald Trump, famoso por usar bonés vermelhos em seus comícios políticos. Eles também especularam sobre dois “ajudantes” mencionados na tradição Hopi, sugerindo nomes de figuras públicas contemporâneas, como JD Vance e Elon Musk.

Aparentemente, a profecia não deve ser interpretada de forma tão literal

Na tradição Hopi, um desses ajudantes estaria ligado a um símbolo semelhante à suástica e outro ao sol. Um dos apresentadores sugeriu que o símbolo da cruz ou da moja poderia se relacionar à rede social X, atual nome da antiga Twitter, plataforma controlada por Elon Musk. Essa interpretação, no entanto, faz parte de especulações contemporâneas, e não do conteúdo original das profecias.

De acordo com os ensinamentos dos Hopi, a transição do Quarto para o Quinto Mundo estaria ligada a um processo conhecido como “Grande Purificação”. Essa etapa seria provocada pelo comportamento humano caracterizado por corrupção, ganância e desrespeito à natureza. A profecia afirma que, caso a humanidade escolha um caminho de equilíbrio, uma nova era de paz poderá surgir, marcada pela reconexão com o planeta e por um senso de coletividade.

O texto tradicional diz: “Aqueles que forem salvos compartilharão tudo igualmente, todos reconhecerão o Grande Espírito e falarão uma só língua.” Para os Hopi, isso não significa apontar nomes específicos ou identificar líderes políticos atuais, mas sim fornecer orientações simbólicas sobre escolhas coletivas e mudanças de ciclo.

Thomas Banyacya e outros anciãos sempre reforçaram que essas narrativas não devem ser interpretadas como previsões literais ou identificações de pessoas específicas. Segundo eles, as mensagens são guias espirituais e alertas sobre os caminhos que a humanidade pode seguir diante dos desafios globais. A ideia central das profecias está ligada ao equilíbrio entre o ser humano e a natureza, à preservação da vida e ao retorno a uma relação mais harmoniosa com a Terra.

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