Mulher de 27 anos que morreu após ouvir que era “muito jovem” para ter câncer gera nova regra para médicos
Uma jovem britânica chamada Jessica Brady, de apenas 27 anos, perdeu a vida em 2020 após enfrentar meses de consultas médicas sem que seu diagnóstico fosse descoberto a tempo. O caso ganhou repercussão no Reino Unido e levou à criação de uma nova regra no sistema de saúde, batizada de “Jess’ Rule”, voltada para melhorar a forma como médicos de família avaliam pacientes com sintomas persistentes.
Jessica começou a se sentir mal no verão daquele ano. Segundo sua mãe, Andrea, a filha estava saudável antes da pandemia, mas os sintomas se intensificaram rapidamente. Ela passou a apresentar perda de peso sem explicação, fadiga extrema, tosse constante, suores noturnos e linfonodos muito inchados.
Apesar de todos esses sinais, foi informada de que poderia estar sofrendo de “Covid longa” e que era “jovem demais para ter câncer”. Ao longo de cinco meses, Jessica entrou em contato mais de 20 vezes com o consultório médico, sendo atendida por seis diferentes profissionais e realizando três consultas presenciais. Nenhum deles fez o encaminhamento para exames especializados.
Somente após a família buscar atendimento particular, Jessica foi encaminhada a um especialista. Infelizmente, o diagnóstico veio tarde: adenocarcinoma em estágio 4. Esse tipo de câncer começa nas glândulas que revestem órgãos e pode atingir pulmões, estômago, pâncreas e cólon. O tratamento geralmente envolve cirurgia, quimioterapia ou radioterapia, mas a chance de recuperação depende muito do estágio em que a doença é detectada.

Jessica Brady morreu em 2024 após seu diagnóstico de câncer
Jessica recebeu o diagnóstico em novembro de 2020. Três semanas depois, pouco antes do Natal, faleceu em um hospital.
O impacto da perda impulsionou a criação de uma nova diretriz para médicos no Reino Unido. Agora, o Serviço Nacional de Saúde (NHS) adota a chamada “Jess’ Rule”, que estabelece o “three strikes and rethink approach”, ou seja, a cada três consultas sem um diagnóstico conclusivo, o caso deve ser reavaliado com maior atenção.
De acordo com o comunicado oficial do governo britânico, essa prática busca reduzir desigualdades no atendimento e garantir que qualquer pessoa, independentemente da idade ou histórico, tenha acesso a um cuidado de qualidade. Embora alguns consultórios já aplicassem protocolos semelhantes em casos complexos, a regra passa a ser padrão em todo o país.
A mãe de Jessica falou sobre a importância dessa mudança. Andrea declarou que a filha viveu apenas três semanas após o diagnóstico final, mas demonstrou coragem, dignidade e esperança até o fim. Ela destacou ainda que Jessica tentou incansavelmente ser ouvida, pedindo que os sintomas fossem levados a sério.
“Nos dias sombrios após a perda de Jess, percebi que era meu dever continuar o que ela havia começado. Levou quase cinco anos para conseguirmos a implementação da Jess’ Rule. Dedico essa iniciativa a todos os jovens que receberam um diagnóstico tarde demais”, afirmou Andrea.
A campanha só se tornou realidade após mobilizar políticos, profissionais da saúde e quase meio milhão de apoiadores que exigiram mudanças no sistema. Hoje, a regra representa uma tentativa de evitar que histórias semelhantes à de Jessica se repitam no futuro.
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