Kremlin afirma que a OTAN está “em guerra com a Rússia” após drones serem abatidos sobre a Polônia
Na última semana, a tensão entre Rússia e OTAN ganhou novos contornos após a derrubada de drones russos em território polonês. O episódio levou Moscou a declarar que a aliança militar estaria “em guerra com a Rússia”, intensificando a disputa de narrativas entre os dois blocos.
O primeiro-ministro da Polônia, Donald Tusk, afirmou que a violação do espaço aéreo aconteceu durante um ataque russo contra a Ucrânia. Segundo ele, tratou-se de uma “provocação em larga escala” que exige respostas mais firmes de seu país. “A situação é séria, e ninguém duvida de que precisamos nos preparar para vários cenários”, declarou Tusk em pronunciamento no dia 10 de setembro.
A posição da Rússia
Apesar da presença dos drones em território polonês, Moscou negou qualquer intenção de atingir alvos dentro da Polônia. O Ministério da Defesa russo afirmou que todos os objetivos previstos foram alcançados na Ucrânia e que “nenhum alvo em território polonês estava planejado para ser atingido”. Ainda segundo o comunicado, os veículos aéreos usados no ataque possuem alcance máximo de 700 quilômetros, o que, segundo os russos, limita as possibilidades de desvio de rota para além da Ucrânia.
Mesmo assim, a Rússia disse estar aberta a consultas com o Ministério da Defesa polonês para esclarecer o caso. Poucos dias depois, no entanto, o Kremlin endureceu o tom. Dmitry Peskov, porta-voz do governo, declarou em 15 de setembro: “A OTAN está de fato envolvida nesta guerra. A aliança oferece apoio direto e indireto ao regime de Kiev. Pode-se afirmar com absoluta certeza que a OTAN está lutando contra a Rússia.”
A reação da OTAN e os desdobramentos
O episódio não foi isolado. Em 14 de setembro, o Ministério da Defesa da Romênia informou que caças F-16 identificaram um drone russo que chegou a invadir seu espaço aéreo durante a madrugada, mas que desapareceu do radar pouco depois. A Romênia, assim como a Polônia, é integrante da OTAN, o que aumenta a preocupação de que novos incidentes possam escalar o conflito.
A própria OTAN se manifestou logo após a violação do espaço aéreo polonês. Allison Hart, porta-voz da aliança, publicou em X (antigo Twitter) que “numerosos drones entraram no espaço aéreo da Polônia durante a noite e foram interceptados pelas defesas polonesas e da OTAN”.
Diante do episódio, Varsóvia solicitou a ativação d Artigo 4 do tratado da OTAN, que prevê consultas entre os países membros sempre que qualquer um deles considerar que sua integridade territorial, independência política ou segurança estejam ameaçadas. Esse dispositivo é visto como um passo preliminar a medidas mais firmes de defesa coletiva, já que permite aos aliados avaliar em conjunto os riscos de escalada e alinhar respostas.
Com episódios sucessivos envolvendo drones russos em países aliados, cresce a atenção sobre os próximos movimentos tanto de Moscou quanto da aliança militar ocidental, em um cenário cada vez mais delicado.
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