Por que o andar de cima é mais quente, mesmo com ar-condicionado ligado?

Quem mora em sobrados já pode ter reparado que o andar de cima da casa costuma ser mais quente que o de baixo – mesmo com ar-condicionado ligado. Esse é um problema comum em muitas residências e existem diversas explicações técnicas por trás dessa diferença de temperatura.

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A seguir, o Canaltech explica as principais delas. Confira:

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A ciência explica

Uma das principais razões está na física básica: o ar quente é menos denso e naturalmente sobe, criando um ambiente mais aquecido nos andares superiores.

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Se um ar-condicionado tenta resfriar a casa no piso inferior, o ar frio gerado por ele, sendo mais pesado, não alcança o andar de cima com tanta eficiência.

E mesmo com um aparelho instalado no piso superior, a chance de esse ambiente estar mais quente ainda é grande. Isso porque o ar-gelado criado no andar de cima tende a escapar pelas escadas para o piso térreo.

Além disso, o andar de cima geralmente sofre mais com a radiação solar direta porque o telhado absorve grande parte da energia do sol.

Sem o isolamento adequado, esse calor atravessa a laje e torna o ambiente superior um verdadeiro “radiador”, exigindo muito mais do sistema de ar-condicionado. 

Outra questão é a circulação de ar: sistemas de ar central com dutos mal distribuídos ou com vazamentos comprometem o fluxo do ar refrigerado.

O resultado é que o térreo fica mais fresco, enquanto o ar frio não chega com força ou volume suficiente aos quartos de cima.

Outro ponto crítico está no controle do sistema: muitas casas possuem apenas um termostato, geralmente instalado no andar inferior.

Isso significa que o ar-condicionado é ajustado com base na temperatura do térreo, ignorando como está o ambiente superior. 

Existe solução?

Há uma solução simples e eficaz que vem se popularizando em casas com sótão: abrir uma claraboia (janela de teto) durante os dias quentes.

Isso permite que o ar quente acumulado no topo da casa escape, criando um fluxo natural de circulação que ajuda a refrescar o andar de cima.

Para potencializar esse efeito, a instalação de um ventilador de teto no sótão também é recomendada para controlar melhor essa movimentação térmica.

O isolamento térmico, com manta térmica ou forros refletivos entre o telhado e o forro, desempenha um papel fundamental para mitigar esse desafio.

Apesar de exigir um investimento, ele impede que o calor penetre nos cômodos, ajudando a manter o ambiente superior mais fresco e reduzindo o consumo de energia a longo prazo.

Há outras medidas simples e práticas para equilibrar a temperatura entre os andares: manter as portas internas abertas para incentivar a circulação de ar, instalar cortinas blackout ou utilizar películas refletivas nas janelas para bloquear o calor direto do sol.

Usar ventiladores de teto configurados para girar no sentido anti-horário no verão e verificar a vedação de janelas e portas para evitar a entrada de ar quente também ajuda.

Resumindo, se o andar de cima está sempre mais quente, isso pode ser explicado pela combinação de princípios físicos, falhas estruturais e limitações no sistema de climatização.

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