Chefe usa teste do copo de café em entrevistas e não contrata quem falha nele
O processo de seleção para um novo emprego pode ser cheio de desafios. Além das perguntas técnicas e sobre experiência, muitos recrutadores buscam avaliar algo mais profundo: o encaixe do candidato na cultura da empresa. Um método incomum, porém revelador, ganhou destaque graças a Trent Innes, que já foi diretor-gerente da Xero Austrália e hoje ocupa o cargo de Diretor de Crescimento na SiteMinder.
Innes compartilhou publicamente uma tática simples que ele usava sistematicamente durante as entrevistas na Xero. Não envolvia planilhas complexas ou cenários hipotéticos difíceis, mas algo muito mundano: uma xícara de café.
Eis como o “teste” funcionava na prática: antes da entrevista formal começar, Innes conduzia o candidato até uma das cozinhas da empresa. Ali, era comum que ambos pegassem uma bebida – café, chá, água. Depois, seguiam para a sala de entrevistas para a conversa habitual sobre qualificações, experiências e objetivos.
O momento crucial, entretanto, acontecia ao final do encontro. Quando a conversa terminava e ambos se levantavam, Innes observava atentamente uma ação específica: o candidato simplesmente saía da sala, deixando a xícara ou copo vazio sobre a mesa? Ou ele naturalmente pegava o recipiente usado para levar de volta à cozinha e lavá-lo?
Essa pequena ação, ou a falta dela, era extremamente significativa para Innes. Ele defendia que habilidades técnicas podem ser aprendidas, conhecimento pode ser adquirido e experiência pode ser acumulada com o tempo. Mas a atitude fundamental – a disposição de fazer uma pequena tarefa pelo bem coletivo, sem ser solicitado, sem esperar reconhecimento – essa, para ele, era intrínseca.
Innes batizou essa filosofia de “lave sua própria xícara de café”. Era muito mais que uma questão de manter a cozinha organizada, embora esse fosse um resultado positivo evidente. Funcionários da Xero frequentemente notavam que as áreas comuns, especialmente as cozinhas, permaneciam excepcionalmente limpas. O verdadeiro propósito era cultivar um ambiente onde todos se sentissem responsáveis pelo espaço compartilhado e pelo bem-estar do grupo.
O conceito era um pilar central para avaliar se o candidato teria um bom encaixe na cultura que a Xero buscava construir. Era um indicador prático de humildade, consideração e espírito de equipe – qualidades difíceis de medir em perguntas tradicionais.
Essa ideia estava ligada a apenas duas regras fundamentais que Innes enfatizava dentro da organização. Primeiro: era proibido almoçar na própria mesa de trabalho. Essa regra forçava as pessoas a se encontrarem nas áreas comuns, promovendo interação espontânea e, potencialmente, colaboração entre departamentos que normalmente não conversariam. Acreditar no poder dos espaços abertos e da conexão informal era essencial.
A segunda regra era direta e ecoava o teste da entrevista: todos, sem exceção, devem lavar sua própria xícara de café. Nada de deixar louça suja na pia para outra pessoa limpar. Era uma obrigação pessoal básica.
Essas duas regras aparentemente simples – não almoçar na mesa e lavar o próprio copo – encapsulavam uma filosofia de trabalho focada em responsabilidade compartilhada, respeito pelo espaço comum e na importância das conexões humanas básicas. O “teste da xícara” na entrevista era, portanto, a primeira verificação prática para ver se o candidato compreendia e abraçaria naturalmente esse modo de operar. Era um filtro silencioso para uma atitude que a liderança considerava indispensável.
Esse Chefe usa teste do copo de café em entrevistas e não contrata quem falha nele foi publicado primeiro no Misterios do Mundo. Cópias não são autorizadas.
O que achou dessa notícia? Deixe um comentário abaixo e/ou compartilhe em suas redes sociais. Assim conseguiremos informar mais pessoas sobre as curiosidades do mundo!
Esta notícia foi originalmente publicada em:
Fonte original