Mulher explica como um acessório de cabelo de $ 3 salvou sua vida enquanto sua cabeça estava na boca de um urso-pardo

Em um cenário de beleza natural impressionante, mas que esconde perigos reais, uma mulher canadense viveu uma experiência que beira o inacreditável. Vanessa Chaput, de 24 anos, estava aproveitando o final da tarde de 30 de junho para uma corrida tranquila.

O local escolhido foi a famosa Trans Canada Trail, uma extensa trilha pavimentada que corta paisagens deslumbrantes. Ao seu lado, como fiel companheira, estava Luna, sua cadela da raça Pastor Alemão.

Tudo mudou num instante, num simples curvar do caminho. Vanessa e Luna se depararam inesperadamente com não um, mas três enormes ursos pardos, os temíveis predadores do topo da cadeia alimentar. Informações posteriores sugeriram a presença de um quarto urso nas redondezas.

Foi um choque instantâneo. Luna, demonstrando extrema coragem, partiu para cima, conseguindo afastar dois dos ursos, que eram menores. Essa ação heroica da cadela, porém, deixou Vanessa exposta ao membro mais imponente do grupo: um grande urso macho.

Sem tempo para pensar, Vanessa buscou refúgio atrás de uma árvore próxima. Mas a árvore foi pouca defesa contra a força bruta do animal. O urso investiu, derrubando-a com facilidade. A descrição dada pela própria Vanessa é aterradora: ela se sentiu como um “brinquedo de pano”, completamente à mercê da fera. O momento mais crítico chegou quando o urso a agarrou, levando sua cabeça inteiramente à boca.

Foi neste instante de puro terror que um objeto comum, banal, entrou em cena de forma decisiva. Vanessa usava um simples grampo de cabelo. Não um item especial ou reforçado, mas um acessório comum, do tipo que se encontra facilmente em lojas populares por menos de $ 3. Enquanto as poderosas mandíbulas do urso se fechavam ao redor de sua cabeça, elas também esmagaram o grampo de metal preso aos seus cabelos.

Vanessa revisitou o local do ataque para uma entrevista televisionada (CTV News)

O resultado foi inesperado. Vanessa relatou que o grampo foi completamente esmagado, e a parte da mola simplesmente “explodiu” dentro da boca do animal. O barulho metálico agudo e a sensação repentina na boca do urso, combinados com os latidos incessantes e agressivos de Luna, que continuava a desafiar o predador de perto, foram suficientes para causar uma reviravolta. O grande urso pardo, surpreso e provavelmente incomodado, soltou Vanessa e fugiu do local.

Apesar da fuga do urso, Vanessa estava gravemente ferida. O ataque causou lesões significativas em sua coluna, coxas e braços. Além disso, ela sofreu danos nos nervos. Com uma força impressionante, conseguiu se arrastar até a rodovia mais próxima para pedir socorro, ligando para o serviço de emergência (911). Suas feridas exigiriam mais de 30 pontos e a levaram a passar dez dias internada em um hospital.

Em entrevistas, Vanessa expressou profundo choque por estar viva, atribuindo sua sobrevivência a uma combinação de sorte e à intervenção divina. Ela foi enfática ao não culpar os ursos, sua cadela Luna, ou a si mesma pelo ocorrido. Para ela, foi simplesmente um caso trágico de estar no lugar errado na hora errada, algo que poderia acontecer com qualquer pessoa que adentra o habitat desses animais poderosos.

A reação das autoridades foi imediata e drástica, focada na segurança pública. Os Serviços de Oficiais de Conservação do Yukon (YCOS) relataram que um oficial foi ao local assim que recebeu a informação e, encontrando um urso exatamente onde o ataque ocorreu, optou por sacrificá-lo. Informações posteriores sobre a presença de múltiplos ursos envolvidos levaram à evacuação e fechamento de um acampamento próximo.

Um enorme urso-pardo macho deixou feridas perfurantes e danos nos nervos em sua vítima

Três outros ursos que correspondiam à descrição foram localizados na área, e dois deles também foram sacrificados. As buscas por um quarto urso continuaram, utilizando até mesmo helicópteros e drones. Necropsias foram realizadas nos animais, revelando que o grupo era composto por ursos de diferentes idades e sexos.

Este evento dramático traz à tona a imprevisibilidade dos encontros com a vida selvagem. Contrasta fortemente, por exemplo, com um caso ocorrido na Rússia em 2011, que terminou de forma trágica. Na ocasião, uma mulher chamada Tatiana Moskalyova recebeu três ligações aterradoras de sua filha, Olga, que estava sendo atacada por ursos.

Na primeira ligação, Olga gritou: “Mãe, o urso está me comendo! Mãe, é tanta agonia. Mãe, ajuda!” Tatiana inicialmente achou que era uma brincadeira, até ouvir os sons horríveis de rosnados e mastigação. Ela descreveu o terror e a dor na voz da filha, um testemunho sonoro de um fim horrível, algo que a deixou paralisada pelo choque.

A história de Vanessa Chaput, embora chocante, termina com um suspiro de alívio. Um objeto cotidiano, insignificante em valor, transformou-se no elemento crucial que, junto com a bravura de seu cão, interrompeu o ataque de uma das criaturas mais formidáveis da natureza.

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