Tela colorida faz diferença? Comparamos o Kindle Colorsoft com o Paperwhite
A Amazon anunciou nesta quinta-feira (24) a chegada do Kindle Colorsoft ao Brasil. O novo leitor com tela colorida é a aposta da marca para quem curte ler quadrinhos — ou HQs. Nós já testamos o aparelho e, neste comparativo, mostramos as diferenças em relação ao Kindle Paperwhite para te ajudar a decidir qual vale mais a pena.
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Tela colorida faz a diferença?
A tela colorida do Kindle Colorsoft é seu maior destaque, sem dúvidas. O dispositivo é a resposta da Amazon para anos de pedidos dos usuários, que clamavam por um leitor bom para ler quadrinhos.
Apesar disso, ele bem parecido com o Paperwhite em termos de configurações e desempenho, então a comparação é inevitável.
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E, de forma resumida, o Colorsoft é a melhor escolha se você quer aproveitar conteúdos coloridos, não só HQs, como revistas que geralmente são disponibilizadas na assinatura do Prime Reading.
O que achamos interessante, logo nos primeiros momentos de uso, é que os livros “comuns” já são adaptados para a tela colorida, então as capas aparecem com suas cores na biblioteca do e-reader, assim como já acontecia no app do Kindle para celular.
Dessa forma, o leitor é mais bonito não só para leitura, como também é visualmente mais elegante para a organização dos livros digitais na tela. Dá para reconhecer melhor cada título com base na ilustração, e não só no título.

Mas, além da exibição colorida, o Colorsoft também passa a impressão de que o fundo da tela — o “papel digital” — é de uma textura diferente. Ele parece mais com um display tradicional, enquanto o Paperwhite e as versões comuns conseguem simular melhor o papel.
Ainda assim, o e-reader não abandona o conforto ocular pelo qual é conhecido e, tanto para quadrinhos quanto para livros em preto e branco, permite que o usuário leia por várias e várias horas sem sentir cansaço na vista.
Eu, particularmente sou mais acostumado a ler livros comuns, em preto e branco, e mesmo neles, achei a exibição no Colorsoft diferente, agradável. Não que o Paperwhite seja inferior, mas o aspecto de “novidade” me atraiu.
No entanto, comprar o Colorsoft para continuar lendo em preto e branco não faz sentido. Para isso, a Amazon tem tantos outros modelos, inclusive o Paperwhite Signature, que oferece carregamento sem fio e bastante armazenamento.
Em resumo, a tela colorida faz, sim, muita diferença, mas para o público alvo certo: leitores que gostam de quadrinhos e revistas, além daquele pessoal que adora fazer marcações coloridas em PDFs para estudar.
Tela colorida, mas nem tanto
Apesar de destacarmos que a tela colorida faz diferença para quem lê HQs, é importante deixar claro que ela ainda não oferece o mesmo nível de cores de um tablet ou outro dispositivo com tela LCD. Muito menos de um papel com impressão colorida.
O Colorsoft mantém um display e-ink — ou seja, “tinta digital” — então é natural que sua exibição tenha um aspecto mais “lavado”.

Isso acontece tanto pela tecnologia da tela quanto para manter um conforto ocular maior, que não é oferecido no mesmo nível mesmo em celulares ou tablets com tela fosca que têm essa proposta.
Desempenho e velocidade
No evento de lançamento, a Amazon destacou que o Kindle Colorsoft está mais rápido que as gerações passadas, e esse é mais um pedido da comunidade atendido.
Segundo a empresa, muitos usuários reclamavam que a responsividade do app Kindle em dispositivos móveis era bem superior em relação aos e-readers.
Isso é natural, é claro. Afinal, estamos falando de celulares com chips avançados, para a execução de múltiplas tarefas, comparados com um dispositivo específico para leitura. Ainda assim, o Colorsoft está mais ágil, e é possível trocar de páginas ou navegar em menus com mais velocidade.
Ainda assim, não é uma performance tão superior em relação ao Paperwhite Signature Edition da última geração, mas dá para notar uma ligeira vantagem do modelo colorido.

Tamanho e conforto de uso
O Paperwhite e o Colorsoft têm quase o mesmo tamanho. As telas são de 7 polegadas nos dois modelos. Já o tamanho total é levemente diferente, com alguns milímetros a mais no Colorsoft. Mas a diferença é bem singela, não torna diferente o uso ou conforto.
- Kindle Colorsoft: 127,6 x 176,7 x 7,8 mm
- Kindle Paperwhite: 127 x 176 x 7,8 mm
Com exceção do Oasis e Scribe, esses são os maiores Kindles dos últimos anos, bem maiores do que o modelo base, mais popular entre os e-readers da Amazon.
Por terem esse tamanho mais avantajado, eles podem dificultar um pouco o manuseio com uma só mão e, se for segurar por uma lateral com um dedo apoiado na frontal, podem haver alguns toques acidentais na tela. O uso de capa protetora melhora isso.
Em relação à construção, o Paperwhite e o Colorsoft são feitos dos mesmos materiais, com acabamento emborrachado na traseira e botão de plástico na parte inferior.
A única diferença é que, no modelo mais recente, o logo da Amazon da traseira recebeu um tratamento diferente, com um aspecto cintilante, enquanto no preto e branco é apenas em baixo-relevo.
Bateria e carregamento
Esse é um tópico que abordaremos melhor em uma análise completa do Kindle Colorsoft, mas já dá para destacar alguns pontos em relação à bateria em relação ao primeiro dia de uso por aqui.
Com base na experiência preliminar, notamos que a bateria descarregou um pouco mais rápido do que um modelo com tela em preto e branco. Mas, verdade seja dita, abusamos bastante do brilho e outras configurações durante as primeiras horas, para testar ao máximo o dispositivo.
De qualquer forma, a Amazon promete até doze semanas de duração no Paperwhite, com brilho no nível 13 e uso diário de meia hora. Já o Colorsoft promete até 8 semanas nas mesmas configurações. Essa estimativa pode variar bastante de acordo com o uso, se o brilho for maior ou menor, por exemplo.
Afinal, vale a pena pagar mais pela tela colorida?
O Kindle Colorsoft chega com um preço que parte de R$ 1.499 para a versão base e chega a R$ 1.649 para o Signature Edtion, que oferece carregamento sem fio e controle de temperatura da tela.
Isso faz dele um modelo bem mais caro que o Paperwhite, que vai de R$ 949 para modelo base a R$ 1.199 para o Signature Edition.
Assim, a decisão fica clara: não vale a pena pagar até R$ 550 a mais se você não vai ler HQs ou outros livros e revistas que exijam a tela colorida. No entanto, se você consome mais esse tipo de conteúdo, o acréscimo é quase singelo, se levar em consideração a qualidade de exibição do Colorsoft.









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