As palavras cruzadas são feitas no braço ou há um software para organizar?
A editora Adriana Lima, que trabalha nas revistas da Coquetel há mais de 30 anos, conta que a empresa começou a informatizar o processo entre 2001 e 2002. Hoje, a Coquetel tem um software próprio. “Da última vez que checamos, havia mais de 500 mil palavras em nosso banco.”
Apesar disso, a Coquetel ainda possui mais de 40 colaboradores que criam cruzadinhas do zero. São pessoas de diversas áreas (psicologia, medicina, computação…) que possuem os próprios bancos de palavras. Lima diz que a busca por novos colaboradores é constante para manter os passatempos atualizados – e diversificados.
Seja com um software, seja com uma pessoa por trás, toda cruzadinha começa definindo a temática, o nível de dificuldade e a dimensão do diagrama – o mais comum no Brasil é 9 X 14 quadradinhos.
Com base nisso, duas ou três palavras são escolhidas como esqueleto, a partir do qual o colaborador (ou o programa) completará o resto do diagrama. Nessa etapa, costuma-se obedecer algumas regras, como limitar o uso de termos estrangeiros.
Depois, entra em cena o definidor – profissional responsável pelas dicas de cada palavra. É um baita trabalho de concisão, mas alguns termos costumam ter definições manjadas. É o caso das “palavras-cimento”, que têm de duas a quatro letras e são presença constante nas cruzadinhas, pois ajudam a fechar os diagramas.
A cruzadinha, por fim, vai para a revisão e a diagramação. Ao todo, cada passatempo passa pelas mãos de 12 profissionais. Entre a concepção e a chegada às bancas, todo o processo das revistinhas pode demorar até três meses.
Pergunta de @marianamotac, via Instagram
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