Grupo antipornografia reivindica exclusão de jogos adultos do Steam; entenda
Na última semana, a Valve anunciou uma mudança drástica nas políticas do Steam, com uma nova seção que indica a remoção de jogos que violem os termos e condições de processadoras de pagamento da plataforma, como PayPal e Visa. Logo após a nova regra, dezenas de jogos que incluíam a temática de incesto foram removidos da loja. Agora, o grupo antipornografia australiano Collective Shout reivindicou a responsabilidade pelas remoções após o envio de uma carta aberta aos sistemas de pagamento.
Publicada em 11 de julho, a carta, destinada aos CEOs do PayPal, MasterCard, Visa, Paysafe, Discover e JCB, pede que as empresas “cessem o processamento de pagamentos em plataformas de jogos que hospedem jogos com temática de estupro, incesto e abuso sexual infantil”, destacando plataformas como Steam e Itch.io.
Em abril, o Collective Shout expôs ao Conselho de Classificação Australiano a comercialização de No Mercy, jogo no qual, segundo os desenvolvedores na página do Steam, “você se torna o pior pesadelo de toda mulher”, além de outras frases de grave cunho sexual. De acordo com o grupo, o jogo foi geobloqueado na Austrália. Outra medida contra No Mercy incluiu uma petição com mais de 70 mil assinaturas, que resultou na retirada do título no Canadá e no Reino Unido, antes de ser removido pelos próprios desenvolvedores.
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A Valve se pronunciou sobre a nova diretriz, que fecha o cerco contra jogos que violam as regras das processadoras de pagamento, em um comunicado ao site Eurogamer:
“Fomos notificados recentemente de que certos jogos no Steam podem violar as regras e padrões estabelecidos por nossas processadoras de pagamento e suas respectivas redes de cartão e bancos. Como resultado, estamos retirando esses jogos da loja do Steam, pois a perda dos métodos de pagamento impediria os clientes de comprarem outros títulos e conteúdos no Steam”.

Ainda segundo o comunicado, a empresa está notificando os desenvolvedores afetados pelas novas regras e promete emitir créditos para que eles possam distribuir jogos futuros na plataforma.
Cofundadora do Collective Shout comemora remoções
Outra personagem nesta história é Melina Tankard Reist, cofundadora do Collective Shout, que comemorou as remoções.
“Em uma vitória para os defensores da segurança infantil, o Steam baniu esses ‘jogos’ após a organização australiana Collective Shout acusar as plataformas de pagamento Visa, PayPal e Mastercard de lucrarem com pornografia violenta”, afirmou Reist em uma publicação no X (antigo Twitter).
‘Hundreds of sexually violent online games that let players role-play rape, incest and the torture of women and children have been suddenly removed from the global gaming platform Steam 1/
— Melinda TankardReist (@MelTankardReist) July 19, 2025
“Esta é uma grande vitória. Acolhemos bem os novos termos e condições adicionados ao Steam e a demonstração de responsabilidade social corporativa por parte das operadoras de pagamento. Elas reconheceram que suas marcas estavam sendo manchadas pelo fato de o Steam hospedar jogos com temas de estupro, tortura sexual, incesto e abuso sexual infantil. Agradecemos por responderem à ampla preocupação pública com a gamificação da violência contra mulheres e crianças”, completou Reist.
Tanto a Valve quanto o Collective Shout foram criticados por vários jogadores pela mudança nas diretrizes da plataforma.
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