Homem que sobreviveu após ficar à deriva por 438 dias no mar sem comida ou água revela como conseguiu se manter vivo

Parece saído de um filme de aventura, mas é uma história real: José Salvador Alvarenga, um pescador experiente, passou incríveis 438 dias perdido no vasto Oceano Pacífico. Isso equivale a mais de 14 meses enfrentando o sol, o sal e a fome absoluta, numa prova extrema de sobrevivência humana.

Tudo começou em 2012 com uma simples viagem de pesca planejada para durar apenas dois dias. Partindo da costa do México, Alvarenga levou consigo Ezequiel Córdoba, um jovem de 22 anos com pouca experiência no mar. As condições iniciais eram boas, mas uma tempestade se formou no horizonte. Confiando em sua perícia, Alvarenga decidiu arriscar e continuar a pescaria.

Foi uma decisão com consequências dramáticas. A tempestade se transformou num monstro, durando uma semana inteira. Ondas gigantescas inundaram o motor do pequeno barco, deixando-o à deriva sem controle. A força do mar arrebatou quase todo o equipamento essencial que levavam: galões de gasolina, água potável, rádio, GPS, anzóis, iscas e até o telefone celular protegido num saco plástico.

José Salvador Alvarenga ficou perdido no mar por 15 meses

Antes de perderem completamente a comunicação, Alvarenga conseguiu um último contacto desesperado por rádio, pedindo socorro urgente. As instruções para lançar uma âncora foram inúteis – ela também havia desaparecido.

Quando os ventos finalmente acalmaram, os dois homens estavam completamente perdidos, sem rumo no imenso azul. O desespero inicial deu lugar à luta pela sobrevivência. Sem provisões, precisaram usar tudo o que o oceano lhes oferecia. Capturavam peixes, tartarugas e aves marinhas que pousavam no barco. A água doce era o maior desafio; bebiam água da chuva quando possível, e em momentos de extrema sede, recorriam ao sangue das aves que capturavam.

Os dias transformaram-se em semanas, e as semanas em meses. Para manter a sanidade, os dois conversavam sobre suas famílias, especialmente suas mães. Falavam dos erros do passado e expressavam remorsos, prometendo ser melhores filhos se sobrevivessem.

Ele sofreu uma série de problemas de saúde após chegar à costa

Tragicamente, após cerca de dez semanas nesse inferno, Ezequiel Córdoba adoeceu gravemente após comer uma ave e acabou falecendo. A morte do companheiro mergulhou Alvarenga num abismo ainda mais profundo. Ele começou a ter alucinações, conversando com o amigo já morto e carregando um peso enorme de culpa.

Sozinho, Alvarenga enfrentou mais de um ano de solidão absoluta. A esperança surgia raramente e era cruelmente esmagada. Ele relatou ter visto um enorme navio cargueiro e acenado freneticamente. Os tripulantes acenaram de volta… e seguiram viagem, ignorando seu desespero. Esse momento foi um golpe devastador, quase destruindo sua fé no resgate.

Milagrosamente, após 438 dias de uma deriva que o levou por mais de 10.500 quilômetros de oceano, o barco encalhou num minúsculo atol. Era Ebon, uma ilha remota das Ilhas Marshall. No dia 30 de janeiro de 2014, Alvarenga, esquelético e com a mente abalada, encontrou forças para chegar até uma casa de praia. Os moradores locais, atônitos, socorreram o homem que parecia ter voltado do mundo dos mortos. Sua história extraordinária, lembrando a ficção de “As Aventuras de Pi”, chocou o mundo e permanece como um dos mais incríveis relatos de sobrevivência no mar já registrados.

Esse Homem que sobreviveu após ficar à deriva por 438 dias no mar sem comida ou água revela como conseguiu se manter vivo foi publicado primeiro no Misterios do Mundo. Cópias não são autorizadas.