Como os nomes dos carros são escolhidos?
O nome do carro pode influenciar diretamente no seu desempenho em um mercado. A nomenclatura de alguns veículos muda dependendo do lugar em que está sendo vendido.
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A barreira linguística é o principal causador disso, já que há nomes que funcionam em alguns lugares e em outros não. Um bom exemplo disso é o Mazda Laputa, um pequeno carro japonês que não teve uma boa aceitação no mercado latino — não é necessário explicar o porquê.
Mas você sabe como as marcas fazem para escolher o nome dos seus carros? Alguns fabricantes vão pelo caminho mais simples, usando números para definir categorias e versões, ou até mesmo siglas.
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Outras usam um meio “filosófico” para a nomenclatura, tentando justificar ou combinar o nome do carro com seu propósito, visual e outros diversos requisitos.

Processo longo
Em entrevista ao portal Popular Science, Jessica Fini, vice-presidente assistente de Comunicação da Honda nos Estados Unidos, contou que a marca realiza diversas reuniões com a equipe de planejamento de produtos, marketing, comunicação e vendas.
Uma lista de nomes é sugerida e criada uma votação para escolher os melhores. “Normalmente, quando enviamos três nomes, há alguns que não podemos usar, então um deles sai vencedor”, explica Fini. “Se todos os três forem rejeitados, voltamos para a lista maior e enviamos novamente”, afirmou Jessica para o portal.
A Honda, normalmente, utiliza siglas para a nomeação de seus SUVs. O HR-V, por exemplo, significa Hi-rider Revolutionary Vehicle, ou Veículo Revolucionário de Alta Elevação na tradução. No entanto, o CR-V e WR-V não têm o mesmo significado, sendo Comfortable Runabout Vehicle e Winsome Runabout Vehicle, respectivamente.

Temos também um bom exemplo que foi lançado recentemente: o Volkswagen Tera. O modelo carrega a letra “T” no início do nome, que originalmente era utilizado para toda a linha de SUVs da marca.
“Foram longas discussões para encontrar o nome do nosso novo SUVW e chegamos num resultado incrível. Tera é um nome forte que tem capacidade para carregar muitas histórias. Ele será um divisor de águas no mercado e um novo ícone pop para o Brasil”, afirmou Ciro Possobom, CEO e Presidente da Volkswagen do Brasil.
Até mesmo a Porsche tem uma estratégia curiosa e diferente para os seus carros. O primeiro modelo da marca, lançado em 1948 e batizado como 356, teve nome advindo do número do projeto em seu desenvolvimento. Porém, há outras histórias e vertentes de modelos mais famosos, como 911, 718, Spyder ou Cayenne, que te contamos em outra matéria.

Origens curiosas
No quesito curiosidade, que também pode ser considerado como “diferentão”, podemos citar a Lamborghini, que tem uma linha completa de carros com nomes de touros. Murciélago , por exemplo, foi um animal que supostamente resistiu a quase 30 golpes de espada em uma arena.
Há também: Temerario, nome de um touro de rinha, que significa feroz e corajoso, e Miura, uma raça de touros espanhóis.

Nós podemos ficar o dia inteiro falando sobre a origem dos nomes dos carros. Cada marca tem uma forma de bolar o projeto. Alguns usam histórias culturais milenares, como a BYD, ou apenas uma numeração para identificar a linha de cada modelo. Mas todos são únicos e são desenvolvidos através do trabalho de milhares de pessoas.
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