OMS recomenda medicação injetável a cada 6 meses para prevenir infecção por HIV
Na última segunda-feira (14), a Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou a recomendação do uso de uma medicação injetável para prevenir infecção por HIV, o lenacapavir. A recomendação foi feita durante a Conferência Internacional sobre AIDS, realizada em Kigali, e vem após a recente aprovação do medicamento pela agência reguladora dos Estados Unidos, a FDA.
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O lenacapavir é um antirretroviral de ação prolongada que pode ser administrado apenas duas vezes por ano, oferecendo proteção sustentada contra o HIV. A eficácia do lenacapavir foi comprovada nos estudos clínicos PURPOSE 1 e PURPOSE 2, realizados em 2024, que demonstraram resultados promissores em diversas populações e contextos.
Atualmente, a OMS recomenda outros métodos de profilaxia pré-exposição (PrEP), como a PrEP oral diária, o anel vaginal de dapivirina e o cabotegravir injetável de longa duração. O lenacapavir se junta a esse leque como mais uma alternativa eficaz, especialmente para quem busca discrição e conveniência no cuidado preventivo.
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Em comunicado, a Dra. Meg Doherty, diretora dos Programas Globais de HIV, Hepatites e IST da OMS, diz que esse marco regulatório aproxima da ampliação do acesso a uma opção inovadora de prevenção do HIV:
A OMS desempenha um papel fundamental no apoio aos países por meio do desenvolvimento de diretrizes, da pré-qualificação e dos processos regulatórios. Estamos trabalhando com parceiros e autoridades nacionais para garantir que o lenacapavir chegue às pessoas que mais precisam de forma rápida, segura e equitativa.
Com a aprovação regulatória da FDA, a OMS agora trabalha com parceiros e autoridades nacionais para acelerar o acesso global ao medicamento. A organização também está coordenando esforços com a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) e mecanismos como o Medicines 4 All (M4All), para facilitar os trâmites regulatórios em países de baixa e média renda.
A expectativa é que a medicação injetável para prevenir infecção por HIV seja rapidamente pré-qualificado pela OMS, facilitando sua aquisição por agências internacionais e ampliando seu alcance entre as populações mais vulneráveis.
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