Como sabemos qual é a composição do Sol, se nunca coletamos uma amostra de lá?
É possível saber a composição do Sol sem nunca ter ido até ele? Apesar de parecer uma dúvida simples, essa pergunta revela muito sobre como a ciência funciona, especialmente em campos como a astronomia, que lidam com fenômenos extremamente distantes. Mas a chave para desvendar os segredos do Sol está na luz que ele emite.
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O que acontece é que, desde os estudos de Isaac Newton, sabemos que a luz pode ser decomposta em diferentes cores por meio de prismas, formando o chamado espectro. Cada elemento químico emite padrões únicos de luz, como uma impressão digital luminosa. Usando instrumentos como o espectroscópio, os cientistas comparam os espectros da luz solar com os obtidos em laboratório e identificam quais elementos estão presentes.
Qual a composição do Sol?
Foi assim que a ciência descobriu, por exemplo, que o Sol é composto principalmente por hidrogênio (74,9%) e hélio (23,8%), além de pequenas quantidades de elementos como oxigênio, carbono e ferro. Em 1868, essa técnica permitiu até identificar um elemento novo: o hélio, que só depois foi encontrado na Terra.
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Hoje, com espectrômetros de alta precisão e sondas espaciais como a Sonda Solar Parker, conseguimos dados ainda mais detalhados. Essas tecnologias analisam o Sol mesmo a 150 milhões de quilômetros de distância, revelando sua composição e comportamento.
Entender a composição do Sol ajuda a compreender a fusão nuclear, a origem da energia solar, e a antecipar tempestades solares, que podem afetar redes elétricas, satélites e comunicações na Terra. No Brasil, instituições como a PUC-Rio contribuem simulando ambientes espaciais em laboratório, prevendo quais compostos podem existir em outros corpos celestes, inclusive marcadores que podem indicar vida fora da Terra. Ou seja, não precisamos tocar o Sol para estudá-lo.
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