China defende Brasil de tarifaço do Trump e faz acusação aos EUA

Recentemente, os Estados Unidos anunciaram tarifas pesadas sobre diversos países, e o Brasil ficou com o maior percentual da lista: 50%. A decisão partiu do presidente Donald Trump, que informou oficialmente por carta enviada em 7 de julho que a nova tarifa entrará em vigor já a partir de 1º de agosto. Com isso, produtos brasileiros exportados aos EUA serão significativamente mais caros, afetando diretamente a economia e o comércio entre as duas nações.

A reação internacional não demorou. A China, uma das maiores potências econômicas do mundo, saiu em defesa do Brasil e criticou duramente a postura do governo norte-americano. Mao Ning, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, declarou que medidas assim representam uma forma clara de intimidação. Ela destacou que, segundo a Carta das Nações Unidas, todos os países têm o direito à igualdade soberana e não devem sofrer interferências indevidas em suas políticas internas.

Além disso, a China reforçou que tarifas comerciais jamais deveriam ser usadas como instrumento político para pressionar outras nações. Na visão chinesa, guerras tarifárias prejudicam a todos e não produzem vencedores. Esse pronunciamento reforça a posição chinesa, que sempre condenou qualquer ação baseada em interesses políticos disfarçados de segurança nacional.

Entre os 22 países afetados por essa nova onda tarifária dos EUA, estão Laos, Myanmar e Camboja, que receberam taxas entre 36% e 40%. Outros países, como Coreia do Sul, Japão e Malásia, tiveram tarifas estabelecidas em 25%, enquanto as Filipinas foram as menos impactadas, com 20%.

Trump justificou a decisão alegando que o Brasil não estaria correspondendo aos interesses comerciais norte-americanos. Antes disso, ele já havia ameaçado o grupo dos Brics, afirmando que poderia impor tarifas de até 100% caso os países do bloco não seguissem sua orientação econômica. Além das tarifas gerais, setores específicos como aço, alumínio e cobre brasileiros já tinham sofrido aumentos significativos nos últimos meses.

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