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Curiosidades

5G via satélite levará a internet a todos os cantos do planeta

Quando falamos em conectividade 5G, a maioria das pessoas pensa em torres de transmissão, antenas instaladas em grandes centros urbanos e em um ecossistema construído com base em infraestrutura terrestre. No entanto, uma nova etapa dessa revolução digital está ganhando espaço: a 5G NTN (5G Non-Terrestrial Network), ou rede 5G não terrestre. Essa tecnologia promete levar a cobertura da rede a regiões antes inalcançáveis por soluções convencionais, como áreas remotas, zonas rurais, oceanos e regiões de desastres naturais.

A 5G NTN utiliza satélites em órbita baixa (LEO, do inglês Low Earth Orbit), balões de alta altitude e outras plataformas aéreas para complementar a infraestrutura terrestre tradicional. Isso permite que a cobertura seja ampliada sem depender exclusivamente de torres e cabos, o que se mostra estratégico em países com grandes extensões territoriais ou infraestrutura limitada.

O funcionamento é baseado na integração entre os elementos terrestres e não terrestres. Os dispositivos compatíveis conseguem alternar entre diferentes tipos de conexão de forma transparente, aproveitando a disponibilidade dos sinais, o que torna a experiência do usuário mais estável, mesmo em movimento.


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IoT e segurança

Dentro do padrão 3GPP, a solução de 5G NTN já é a primeira evolução da solução IOT NTN baseada em satélites geoestacionários que está preparada para soluções de internet das coisas que não necessitam de alta velocidade de internet. Vale lembrar que, em muitos casos, a demanda de IoT é por alta disponibilidade em relação à cobertura e não por rapidez. Com isso, ela pode ser a porta de entrada para as operadoras trazerem serviços como monitoramento e rastreamento de emergência para o mercado B2C e B2B. Exemplos? Transportadoras de equipamentos eletrônicos (muito visados por ladrões de carga) no Brasil podem ter uma cobertura muito mais abrangente de monitoramento dos caminhões que a atual.

Segundo dados da GSMA Intelligence, estima-se que mais de 25 operadoras ao redor do mundo já tenham firmado parcerias com empresas de satélite para viabilizar soluções NTN. Grandes nomes como SpaceX (com o projeto Starlink), AST SpaceMobile e Lynk Global estão nessa corrida, com soluções proprietárias. A expectativa é que os primeiros serviços comerciais mais amplos cheguem ao mercado entre 2025 e 2026. Essa variedade de projetos é positiva para o mercado, mas acredito que o futuro passa por soluções padronizadas, pois trazem escala e maior diversificação de fornecedores de dispositivos, além de permitir um roadmap claro de evolução de funcionalidades e performance.

No Brasil, a Anatel iniciou em 2023 uma tomada de subsídios para regulamentar o uso de redes não terrestres no país. Grandes operadoras já demonstraram interesse em testar soluções NTN, principalmente para ampliar o acesso à internet em áreas remotas da Amazônia e do interior do país, onde a cobertura tradicional ainda é limitada.

5G onipresente

A tecnologia 5G NTN amplia significativamente o alcance da conectividade. Ela permite que regiões antes excluídas das redes móveis – como áreas rurais, marítimas e zonas de difícil acesso – tenham acesso a serviços digitais. Também contribui para reforçar a resiliência da infraestrutura de comunicação em situações emergenciais, como catástrofes naturais ou interrupções em redes terrestres.

Além disso, a rede não terrestre pode garantir continuidade de serviços em mobilidade, como em aviões e embarcações, e atuar como complemento para as redes 4G e 5G existentes, reduzindo zonas de sombra e melhorando a qualidade da conexão em áreas menos atendidas. Do ponto de vista das empresas, a rede 5G NTN abre caminho para aplicações industriais em logística, agricultura de precisão, monitoramento ambiental e operações remotas. Já para a sociedade, representa a possibilidade de inclusão digital mais ampla e conectividade mais igualitária.

Em fevereiro de 2025, a Airbus Defence and Space, a operadora Eutelsat e a MediaTek realizaram o primeiro teste bem-sucedido do mundo da tecnologia 5G de rede não terrestre nos satélites Eutelsat OneWeb de órbita terrestre baixa (LEO). Durante o teste, um celular 5G de usuário em uma frota comercial conectou-se à rede 5G terrestre por meio do link de satélite e trocou tráfego com sucesso.

Os testes abrem caminho para a implantação do padrão 5G NTN, que resultará na futura interação entre satélites e a rede 5G terrestre em um amplo ecossistema, reduzindo o custo de acesso e permitindo o uso de banda larga via satélite para dispositivos 5G em todo o mundo.

A integração de redes não terrestres ao ecossistema 5G é um passo natural na evolução da conectividade. À medida que a demanda por acesso universal à internet cresce, tecnologias como a 5G NTN tendem a ganhar protagonismo. O futuro das telecomunicações passa não apenas pelas antenas instaladas no solo, mas também pelos satélites que orbitam o planeta. A indústria precisa estar preparada para integrar essas soluções e transformar a forma como nos conectamos.

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augustopjulio

Sou Augusto de Paula Júlio, idealizador do Tenis Portal e do Curiosidades Online, tenista nas horas vagas, escritor amador e empreendedor digital. Mais informações em: https://www.augustojulio.com.