Rússia emite resposta sobre áudios vazados de Donald Trump ameaçando “bombardear pra valer” Moscou

Recentemente, uma gravação divulgada pela CNN provocou tensão internacional após revelar comentários polêmicos do presidente norte-americano Donald Trump. No áudio, Trump faz ameaças diretas à Rússia e à China durante uma conversa privada com doadores de sua campanha eleitoral, realizada em 2024.

Na gravação vazada em 9 de julho, Donald Trump afirma que teria avisado diretamente o presidente russo, Vladimir Putin, dizendo: “Se você invadir a Ucrânia, eu vou bombardear Moscou”. Trump ainda detalha uma suposta resposta de Putin, que teria reagido com incredulidade às ameaças feitas pelo presidente americano.

Além das ameaças direcionadas à Rússia, Trump também afirmou ter advertido o presidente chinês, Xi Jinping, sobre possíveis ataques militares à capital chinesa em resposta a eventuais ações agressivas contra Taiwan. Segundo a gravação, Xi teria demonstrado surpresa, desacreditando inicialmente na possibilidade real das ameaças feitas por Trump.

Taiwan, ilha com cerca de 23,4 milhões de habitantes, é considerada pela China como parte integral de seu território. O país mantém a possibilidade de uso de força militar para reassumir o controle completo da região, aumentando ainda mais o peso das declarações feitas por Trump.

A resposta do Kremlin não demorou a surgir. Dmitry Peskov, porta-voz oficial do governo russo, afirmou que não houve nenhuma conversa telefônica registrada entre Trump e Putin no período indicado pela gravação. Peskov declarou, ainda, que não é possível confirmar a autenticidade do áudio vazado, levantando a hipótese de que o material possa ter sido criado por meio de inteligência artificial. Segundo ele, atualmente há muitos casos em que notícias falsas superam em número as verdadeiras.

Donald Trump ainda não se manifestou oficialmente sobre a autenticidade da gravação ou sobre as declarações nela feitas. Contudo, durante uma entrevista coletiva recente na Casa Branca, Trump criticou publicamente o líder russo Vladimir Putin, expressando insatisfação com suas ações e sugerindo que, apesar das aparências amigáveis, as atitudes de Putin seriam vazias e insinceras.

Essas declarações e reações elevam as tensões diplomáticas já existentes entre os EUA, Rússia e China, colocando novamente em foco as relações delicadas e os desafios geopolíticos enfrentados pelos principais líderes mundiais.

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