Terapeuta sexual com 45 anos de experiência revela o principal motivo pelo qual as pessoas traem seus parceiros

A traição conjugal é um fenômeno doloroso e complexo que atinge muitos relacionamentos. Dados da Associação Americana de Terapia de Casal e Familiar indicam que aproximadamente 15% das mulheres casadas e 25% dos homens casados terão um caso extraconjugal em algum momento da vida. Pesquisas como a do YouGov no Reino Unido reforçam essa realidade, sugerindo que uma em cada cinco pessoas adultas já admitiu ter traído.

Mas a infidelidade não se resume apenas a encontros sexuais secretos. Termos como “microtraição” (pequenas ações desrespeitosas, como flertes intensos online) e “traição silenciosa” (quando a desconexão emocional é tão grave quanto um caso físico) ganharam espaço nas discussões. Alguns até especulam se certas profissões aumentam o risco de alguém enganar o parceiro.

Diante de números tão expressivos, surge a pergunta inevitável: o que realmente leva uma pessoa a trair? As respostas são variadas. Sentimentos de solidão dentro do relacionamento, baixa autoestima buscando validação externa, ressentimentos acumulados ou mesmo a busca por emoções fortes e adrenalina são motivos frequentemente citados. Muitas vezes, a causa não está no parceiro “deficiente”, mas em questões internas e não resolvidas da pessoa que trai.

Esther Perel, uma renomada terapeuta sexual com 45 anos de experiência clínica, dedicou sua carreira a entender a dinâmica dos relacionamentos e da infidelidade. Após décadas ouvindo casais e indivíduos, ela identifica um fator central recorrente: a “morte” do relacionamento.

O que Perel chama de “morte” é a extinção daquela centelha inicial, da curiosidade mútua e da sensação de novidade que marca o início de um romance. É quando o casal entra em um modo de “piloto automático”. A rotina toma conta – as mesmas conversas, os mesmos hábitos, as mesmas reações previsíveis.

Lavar a roupa do outro, dividir contas e administrar tarefas domésticas substituem a descoberta e a aventura que uniram o casal. Esse estado de estagnação emocional e falta de vitalidade cria um terreno fértil para que um dos parceiros busque fora o que sente falta dentro da relação.

A boa notícia, segundo Perel, é que essa “morte” não precisa ser definitiva. O antídoto, ela propõe, é a **curiosidade ativa**. Manter vivo o interesse genuíno pelo parceiro é essencial. Isso significa ir além da superfície, além da suposição de que já se sabe tudo sobre a outra pessoa.

Explorar juntos é a chave. E essa exploração não precisa ser exclusivamente sexual. Pode ser tão simples quanto compartilhar interesses novos, aprender uma habilidade juntos ou mergulhar em um hobby desconhecido.

Experimentar novos restaurantes ou cozinhar pratos diferentes, criar pequenos rituais significativos, ou simplesmente contar histórias interessantes sobre o dia ou sobre o passado que o outro ainda não conhece. Trata-se de oferecer ao parceiro oportunidades de se revelar e de ver você sob uma nova perspectiva, em novos contextos.

Manter essa postura curiosa e aberta à descoberta contínua do ser humano ao seu lado é uma estratégia poderosa para combater a estagnação que, segundo a experiência de décadas de Esther Perel, é frequentemente o gatilho principal que leva pessoas a buscarem conexão – e infidelidade – fora do relacionamento principal. É um convite constante a ver o familiar com novos olhos.

Esse Terapeuta sexual com 45 anos de experiência revela o principal motivo pelo qual as pessoas traem seus parceiros foi publicado primeiro no Misterios do Mundo. Cópias não são autorizadas.