Quando vale a pena comprar um processador AMD Ryzen 7?

A linha de processadores AMD Ryzen 7 foi uma revolução quando chegou em 2017 em sua primeira geração, por conta da quantidade de núcleos e threads disponíveis em um momento em que a indústria mal passava de 4/8. Oferecendo 8/16 desde a primeira geração, esse segmento se posiciona como o intermediário que o Time Vermelho de CPUs tem a oferecer.

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Acima dele, existe somente o Ryzen 9, que chegou na terceira geração da linha de processadores. Ou seja, com as duas primeiras gerações (além dos Ryzen 3000G), os Ryzen 7 eram os melhores modelos que a AMD tinha para oferecer, entregando alto desempenho com sua quantidade de threads.

Principais características dos AMD Ryzen 7

Os processadores Ryzen 7 tem 8 núcleos e 16 threads desde a primeira geração e esse é um problema do lineup de CPUs da AMD, que oferece a mesma quantidade de núcleos em todos os segmentos desde a primeira geração que chegou há 8 anos. Isso foi um problema para a rival Intel nos primeiros anos, que teve que correr atrás do prejuízo, mas agora é o Time Vermelho que é superado facilmente nesse aspecto em todos os segmentos.

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Outra característica comum desse segmento são clocks máximos passando de 5 GHz, 32 MB de cache L3, TDP variando entre 65, 105 e 125W. Atualmente, temos Ryzen 7 de 5ª a 9ª geração disponíveis no mercado, com a maioria voltada para a plataforma mais atual, AM5.

Essa série de processadores também marcou a chegada de uma tecnologia revolucionária: o 3D V-Cache, que usa cache empilhado, permitindo ter uma grande quantidade de cache L3. O primeiro modelo a ser equipado com a inovação foi o Ryzen 7 5800X3D, que logo se tornou o rei dos games. Hoje existem outros modelos não só nessa série, como também nos Ryzen 5 e Ryzen 9.

Perfil do usuário ideal para o Ryzen 7

Essa linha de processadores da AMD é voltada para quem busca desempenho para aplicações pesadas. Seja profissionais que lidam com renderização em 3D, edição de vídeo em geral, streaming de gameplay ou multitarefas, por conta dos 16 threads.

Os Ryzen 7 também são uma excelente escolha para jogos, principalmente com alguns deles já exigindo 8 núcleos. Essa série de CPUs também é ideal para empurrar placas de vídeo de alto desempenho para uma jogatina em 1440p ou até 4K.

Ryzen 7 na prática: quando o desempenho faz diferença

E falando nisso, um Ryzen 7 proporciona os seguintes benefícios na prática:

• Jogos: um Ryzen 7 consegue lidar muito bem com qualquer jogo, principalmente aqueles que fazem uso intensivo desse componente, como títulos de mundo aberto com muitos NPCs, enquanto empurra a GPU. Ele é ideal para quem quer muitos FPS em jogos competitivos, que geralmente rodam em resoluções menores como Full HD, cenário em que o peso fica maior na CPU.
• Produtividade e trabalho: com a quantidade de núcleos e threads, além do ótimo desempenho single-core das últimas gerações, um Ryzen 7 é capaz de lidar muito bem com compilação de código, máquinas virtuais, simulações complexas, análise de dados, uso de múltiplos softwares pesados ao mesmo tempo.
• Criação de conteúdo: edição de vídeo não é só exigente em GPU, mas em processador também. Por isso, essa linha de CPUs da AMD é o “sweet spot”, com uma ótima relação de custo e benefício. Mas é bom ressaltar que para esse tipo de carga pesada, o ideal é um Ryzen 9.
• Multitarefa extrema: 8 núcleos e 16 threads são capazes de lidar com muitas aplicações abertas ao mesmo tempo, como várias abas no navegador, editores de texto e planilha, entre outras aplicações, sem sentir o peso e causar lentidão no sistema.

Ryzen 7 em desktops vs. notebooks

Os Ryzen 7 estão presentes tanto nos PCs de mesa, quanto nos notebooks, e isso acontece com as outras séries de CPUs da AMD também. Existem diferenças de especificações e elas, geralmente, são menores nos modelos mobile, porque SKUs para notebooks precisam ser eficientes, consumir menos, para gerar maior autonomia de bateria.

Em geral, a quantidade de núcleos é a mesma entre os Ryzen 7 de desktop e notebook, mas o resto das configurações são diferentes na maioria das vezes. E não estamos falando só de clocks e caches, como também arquitetura. Um Ryzen 7 7000 de PC de mesa é baseado em Zen 4, mas existem modelos dessa mesma linha, mas para notebooks, baseados em Zen 3, então é preciso ficar de olho nisso.

Notebooks com Ryzen 7 são voltados para quem quer performance, mas com foco na mobilidade. Um processador mobile nunca alcançará seu equivalente desktop, então quem precisa de desempenho máximo, o ideal é sempre ir de PC de mesa.

Custo-benefício: posicionando o Ryzen 7 no mercado

Atualmente, o mercado conta com Ryzen 7 da série 5000, que ainda é baseado na plataforma AM4, que já foi sucedida pela AM5. É possível encontrar variantes do Ryzen 7 5700, como a versão com e sem o X, GT e X3D, cada um com suas diferenças de especificações (basicamente clocks, cache e TDP).

Eles têm saído a partir de R$ 1.000, o que é um ótimo custo-benefício para quem precisa de desempenho, mas não quer investir mais nas plataformas mais modernas. Para efeito de comparação, um Ryzen 7 7700X pode ser encontrado por algo próximo de R$ 2.000. Seu sucessor, o Ryzen 7 9700X, custa a partir de R$ 2.200, o que inviabiliza o 7700X, já que ele é mais forte e custa quase a mesma coisa.

A linha concorrente dos Ryzen 7 é o Intel Core i7/Ultra 7 e eles também têm saído por mais de R$ 2.000 nas últimas gerações. Sobre um Ryzen 5, essa linha intermediária da AMD tem tido uma diferença de até R$ 700 e mais ou menos o mesmo valor pra um Ryzen 9, que chega próximo de R$ 3.000 na geração mais recente.

Quando o Ryzen 7 pode ser um exagero?

Um Ryzen 7, claramente, não é indicado para quem tem um uso básico de PC em mente. Nem mesmo o Ryzen 5 se encaixa nesse perfil, que é uso de pacote Office, navegação na internet, streaming de vídeo, jogos muito leves. Nesse caso, é jogar dinheiro fora, literalmente, sendo que um Ryzen 3 ou Intel Core i3 já dariam conta com folga.

Além disso, o Ryzen 7 também não é voltado para quem é entusiasta, que precisa ou quer desempenho extremo. Para isso, a AMD oferece os Ryzen 9, que é o seu segmento mais forte. Ou para quem prefere o Time Azul, existem os Core i9/Ultra 9, que oferecem o máximo de desempenho, seja em aplicações profissionais ou jogos.

Conclusão

Com 8 núcleos e 16 threads, um Ryzen 7 é voltado para quem quer desempenho, mas não precisa do nível que o segmento topo de linha oferece. Se você é um jogador exigente (que deve ir com um modelo X3D), ou trabalha com aplicações pesadas como mencionamos acima, essa linha de processadores é para você.

Sempre tenha em mente seu perfil de usuário e seu orçamento, isso vai polpar gastos desnecessários. Como dito antes, existem Ryzen 7 de gerações passadas, que ainda são excelentes escolhas custando menos, mas eles estão com o tempo contado, já que gerações mais novas estão disponíveis no mercado e a preferência será cada vez mais para eles. Se eu fosse você, não perdia essa chance.

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