Cérebro pode ter um “interruptor” para interromper o consumo excessivo de álcool

Já pensou se o cérebro tivesse uma espécie de interruptor que fosse capaz de desligar sua vontade de beber álcool? Um estudo publicado no último dia 10 na revista Nature Neuroscience mostra que isso é mais possível do que imaginamos. Os pesquisadores da UMass Chan Medical School (EUA) conseguiram ativar ou bloquear um conjunto de neurônios em camundongos que reduziu o consumo excessivo de álcool.

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Os cientistas suspeitavam que o córtex orbitofrontal medial (uma região do cérebro que ajuda a avaliar se uma recompensa vale suas consequências negativas) estivesse envolvido no consumo excessivo de álcool. Agora, com os camundongos geneticamente modificados para ter o equivalente molecular de um interruptor de luz genético, eles procuraram estruturas ocultas dentro dessa rede de neurônios.

A equipe usou estimulação luminosa para ativar ou desativar certos genes e, assim, identificar em tempo real quais células cerebrais se ativaram em resposta ao consumo de álcool. Eles puderam então excitar ou suprimir essa região do cérebro para ver como isso afetava o comportamento dos camundongos.

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Interruptor de neurônios

A descoberta: um pequeno aglomerado, composto por cerca de 4% do córtex orbitofrontal medial, se acendeu quando os camundongos beberam álcool.

Quando os cientistas desligaram esse conjunto, o consumo de líquidos dos camundongos aumentou cada vez mais a cada semana. Quando esses neurônios foram ativados, beberam muito menos.

Por enquanto, a manipulação desse grupo de neurônios não pareceu afetar outros comportamentos, e também não alterou a quantidade de água que os ratos beberam ou o quanto eles se movimentaram. No entanto, ainda há uma longa jornada pela frente, com futuros estudos, até que seja possível chegar a uma conclusão mais concreta sobre esse interruptor do consumo excessivo de álcool.

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