Gemini só precisa de um desenho para criar apps com IA, mostra Google

Basta um desenho para gerar apps, sites e modelos em 3D simples no Gemini. É o que mostra uma publicação recente do Google no Instagram, que demonstra a capacidade do Gemini 2.5 Pro associado ao Canvas ao utilizar comandos para gerar códigos no chatbot. 

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A publicação consiste em uma sequência de imagens com exemplos de uso da plataforma. Em todos os casos, a empresa anexou uma foto do esboço no Gemini e digitou comandos simples para transformar os rascunhos em código. 

Entre as criações, está uma calculadora de divisão de contas de contas de restaurante, uma roleta para decidir a refeição do dia, assim como um mapa das melhores trilhas no Japão. O post também apresentou uma animação feita com HTML, CSS e Javascript, e uma representação gráfica em 3D.

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Em todos os casos, os apps e sites foram criados no Gemini ao selecionar o modelo 2.5 Pro e acionar o Canvas, usado para montar plataformas interativas. Para que a IA crie as plataformas, o usuário pode inserir prompts descritivos ou até mesmo usar imagens para solicitar a ação.

No caso do Google, as imagens foram enviadas com comandos como “crie esse app com HTML, CSS e Javascript” e um prompt mais elaborado com pedido para usar ferramentas e detalhes visuais específicos, sugerindo que os resultados positivos foram entregues “de primeira”, sem necessidade de ajustes posteriores.

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Uma publicação compartilhada por Google (@google)

Afinal, funciona?

O Canaltech experimentou o recurso na versão web da plataforma com base na demonstração da empresa. Para isso, desenhamos uma interface bem rudimentar de um formulário para calcular o total de contas de casa em uma folha de papel e tiramos uma foto do esboço.

Ao abrir o chatbot, selecionamos o Gemini 2.5 Pro e ativamos o Canvas. Depois, anexamos a foto e utilizamos o comando “Você pode criar o código desse app?”, sem muitos detalhes. Em poucos minutos, o Gemini gerou um aplicativo simples e completamente funcional, dentro do que foi estabelecido no desenho.

Cabe destacar que as demonstrações do Google e o nosso experimento utilizaram exemplos mais simples, e que o resultado pode variar de acordo com o nível de complexidade da solicitação. Neste caso, a IA entrega apenas uma sugestão inicial, que pode ser personalizada pelo usuário através de novos pedidos ou até mesmo diretamente no código.

Além disso, ao solicitar apps mais avançados, com banco de dados, diferentes linguagens de programação e outros recursos mais complexos, é necessário utilizar um prompt mais detalhado para obter os melhores resultados.

Nem tudo deu certo, relatam usuários

Apesar de a demonstração exaltar o potencial do Gemini, nem todos os resultados foram positivos: nos comentários, há quem aponte que encontrou problemas ao repetir os procedimentos expostos na publicação.

Em um dos relatos, uma pessoa relatou que passou por uma série de bugs ao criar um app de ampulheta com algumas funções personalizadas, sendo necessário solicitar ajustes até alcançar uma versão mais estável.

“Não acredito que essas versões demonstradas sejam de um único prompt e esboço — provavelmente, passaram por muitas correções e atualizações”, observa. “Mesmo com tudo isso, acho incrível e alucinante. Não sei absolutamente nada de código e criei um programa funcional com botões e opções personalizados.”

Também há quem aponte que reproduziu os comandos do Google e não teve sucesso. Outros destacaram que foi necessário inserir mais detalhes na solicitação, ao indicar que o app deveria ser criado em HTML no prompt, por exemplo.

Além disso, algumas pessoas destacaram a importância de ter um bom desenho ou foto para garantir mais precisão nos retornos.

Para além das críticas em relação ao funcionamento, também há discussões sobre os impactos do recurso no mercado de trabalho, pontuando os riscos que desenvolvedores e artistas correm com o potencial da ferramenta. 

Colaborou: Bruno De Blasi.

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