Peixes podem sofrer por até 22 minutos de dor intensa quando retirados da água
Peixes podem sofrer por até 22 minutos de dor intensa quando retirados da água. É o que diz um novo estudo publicado no último dia 5 na revista Scientific Reports. A pesquisa, conduzida por uma equipe internacional de biólogos liderada pelo Welfare Footprint Institute, quantificou o sofrimento de trutas-arco-íris (espécie muito usada para consumo) durante o abate por asfixia em ar ou em água gelada.
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Utilizando o Welfare Footprint Framework (WFF), um método padronizado para mensurar o impacto do sofrimento animal, os cientistas calcularam quanto tempo os peixes passam em estados de dor moderada a intensa até perderem a consciência.
Os resultados apontam que esse período pode variar entre 2 e 25 minutos, com média de 10 minutos por peixe ou até 74 minutos por quilo de carne produzida, dependendo do método de abate e do tamanho do animal.
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Sofrimento dos peixes
Ao serem retirados da água, os peixes experimentam reações fisiológicas imediatas que indicam sofrimento. Apenas cinco segundos fora d’água já ativam respostas neuroquímicas associadas a emoções negativas. A ausência de oxigênio leva à falência dos órgãos respiratórios, acúmulo de CO₂ no sangue e um processo doloroso que culmina na morte.

O estudo destaca que métodos mais humanitários, como o atordoamento elétrico ou percussivo, podem reduzir drasticamente esse sofrimento. A estimativa é que o uso de atordoamento elétrico pode evitar entre 60 e 1200 minutos de dor moderada a extrema por dólar investido. No entanto, a eficácia desses métodos ainda varia bastante na prática comercial.
Com mais de um trilhão de peixes abatidos por ano para consumo humano, os autores defendem que essas descobertas devem orientar regulamentações e práticas mais éticas na indústria pesqueira. O estudo oferece métricas objetivas para ajudar produtores, legisladores e consumidores a tomar decisões mais informadas sobre o bem-estar animal.
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VÍDEO | Carne de Laboratório
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